O Teatro Paschoal Carlos Magno está perto de reforçar o cenário artístico de Juiz de Fora, com previsão de conclusão das obras ainda em setembro deste ano. A construção, que se arrasta desde o inicio dos anos 80, leva o nome de um dos maiores entusiastas brasileiros, que dedicou boa parte de sua vida, viajando pelo país e influenciando as autoridades a abrirem espaço para a cultura.
O local reunirá não só o teatro, com 400 lugares, mas também, galeria de arte, anfiteatro, espaço para reuniões e ensaios, bar, entre outros. “Esse é mais um equipamento público de muita capacidade e alta tecnologia, permitindo fácil acesso à população de toda a cidade, por se localizar na região central. Além disso, é um ganho para a classe artística. Falando de mim que sou do teatro, e do restante da classe, sempre tivemos um espaço muito limitado para criar. Agora, teremos maior liberdade de mostrar o nosso trabalho, e de atrair o turismo, pois será um local muito convidativo”, reforçou o diretor de Cultura da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), Zezinho Mancini.
O diretor comentou que ainda não se sabe ao certo a data inaugural. “Essa é uma obra que o ex-superintendente da Funalfa, Toninho Dutra, abraçou e trabalhou para a retomada. Falamos em inaugurar em setembro, mas a verdade é que trabalhamos com a possibilidade de inaugurar em novembro, juntamente com o Festival Nacional de Teatro de Juiz de Fora, algo bem interessante, pelo fato do evento ser todo remodelado neste ano”, explicou “A estrutura já está pronta. Falta apenas detalhes do acabamento”, completou Mancini.
HISTÓRICO DA OBRA
Em 1979, o diretor e dramaturgo teatral, que leva nome ao espaço, veio até juiz de fora para assistir a uma exibição de uma companhia local, com o então prefeito, Mello reis. Foi quando ele convenceu o parlamentar que era importante construir um teatro municipal. O prefeito acatou a ideia. Foram dois anos até o inicio das obras, organizadas por um arquiteto grego.
Porém, em 1983, a construção teve de ser interrompida, devido a problemas estruturais, causados não só no edifício, mas também no entrono dele. “Foi descoberto que o terreno tinha um problema na estrutura, e que poderia causar uma grande tragédia. Então, a verba que estava destinada para construção, foi utilizada para corrigir o problema. evitando tragédias”, lembrou o diretor da Funalfa. Desde então, os governantes não conseguiram o dinheiro para conclusão, e a obra ficou paralisada por mais de 30 anos.
Em 2015, devido à verba de quase R$ 6 milhões que a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) garantiu com o Governo do Estado e a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), a construção foi retomada.
COMPROMISSO
Conforme o diretor da Funalfa, uma comissão com representantes dos fóruns artísticos de Juiz de Fora foi montada, no intuito de discutir A manutenção do espaço. “Temos a informação de que o teatro terá um custo mensal de R$70mil. Ainda estamos estudando modelos de gestão”, acrescentou.
O grupo trabalha com três possibilidades: administração indireta, com repasses da Prefeitura; por meio de OS, medida em que a prefeitura entra com parte da verba e a outra parte é proveniente do uso do teatro, além da parceria público-privada, em que uma empresa investiria no espaço, em contrapartida, obedece as metas estipuladas para se manter na administração.