Correios afirmam que agências operam normalmente

Em comunicado divulgado nessa quinta-feira, 27, os Correios informaram que as agências estão operando normalmente em todos os estados e que a paralisação é parcial. A empresa também disse que, conforme apurado por meio de sistema eletrônico de presença, 86,31% do efetivo em agências de todo Brasil continua executando o trabalho, sendo que as agências estão abertas em todas as regiões do país e serviços como Sedex e Banco Postal estão disponíveis. Somente os serviços com hora marcada, como Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje, estão suspensos.

Ainda segundo o comunicado, o movimento concentra-se, principalmente, na área operacional e muitos empregados estão sendo impedidos, pelos sindicatos, de entrar em seus locais de trabalho. Apesar de a greve ser um direito do trabalhador, a empresa afirma que está cumprindo todas as cláusulas do Acordo Coletivo vigente e que considera a paralisação, neste momento delicado pelo qual passam os Correios, um ato de irresponsabilidade, uma vez que está e sempre esteve aberta ao diálogo com as representações dos trabalhadores.

Em reportagem divulgada pelo Diário Regional nessa quinta-feira, 27, Alan Marques, diretor de finanças do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Juiz de Fora, havia informado que a intenção era paralisar todos os serviços, do atendimento à distribuição, mas reconheceu a dificuldade de se conseguir 100% de adesão da categoria ao movimento grevista, que teve início às 22h dessa quarta-feira, 26.

ATRASOS NAS ENTREGAS

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios de Juiz de Fora, João Ricardo Guedes, enfatizou que, independente da paralisação, o serviço oferecido pelos Correios teve considerável perda de qualidade nos últimos anos.

“Atualmente, há muitos bairros em Juiz de Fora que ficam sem receber a visita do carteiro até por uma semana. Uma grande quantidade de objetos fica retida, pois o atual efetivo não dá conta de realizar todas as entregas no prazo adequado. Muitos cidadãos que necessitam do serviço não entendem essa dinâmica e responsabilizam os carteiros, que já sofreram agressões verbais”, explica Guedes, ressaltando que a paralisação visa a melhoria das condições de trabalho. “A greve é uma forma de tentarmos obrigar a empresa a abrir concurso público para contratação de novos servidores”, finalizou.




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