O começo de Hexagonal Final do Módulo II não foi dos melhores para o Baeta. O time perdeu as quatro primeiras partidas, e precisa de uma campanha praticamente perfeita para poder sonhar com o acesso à elite do Mineiro. Para o técnico Ludyo Santos, não é só o acesso que importa, já que ele é cobrado pela formação dos jovens jogadores, que vai muito além do resultado:
“Os nossos atletas pensam de uma forma diferente, e eu não posso inibi-los de tentar jogar em prol de fazer um jogo muito simples, de destruição, de chute para qualquer lado. Os nossos atletas hoje já têm, dois ou três, propostas de nível de Série B de Campeonato Brasileiro. Por mais que fique difícil enxergar isso, são jogadores de 21, 22 anos. No futebol é importante como se ganha. O Tupynambás, como clube gerenciado por empresário, tem que pagar a conta. Eu sou cobrado para que um ou dois atletas, sejam gerados, com possibilidade de negociação para o clube não fechar as portas no mês que vem.” Disse Ludyo.
Recém chegado ao Módulo II, o Tupynambás tem uma filosofia muito diferente dos adversários, que já estão mais acostumados a disputar a competição. Isso porque, a falta de presença de torcida no estádio, e a dificuldade de conseguir patrocinadores, obriga o time a tentar vender jovens atletas que “paguem a conta”. Segundo Ludyo, esse é um dos principais objetivos na competição.
“O Baeta não pode pensar só no resultado. A gente já não tem renda de torcida, a questão de patrocínio na cidade está difícil. A gestão do clube vai ser baseada na negociação de jogadores, e eu sou cobrado por isso. Para que ganhe jogando, com atletas jovens que tem espaço no mercado. Hoje o Ademilson vem, com experiência, para ajudar o Balotelli a virar jogador. Tem clube na competição que já fez empréstimo de 200 mil reais em banco, e se não subir, quem vai pagar a conta?” Afirmou o comandante.
Ludyo ainda destacou os jogadores dos clubes adversários, que têm o costume de jogar, ano após ano, a segunda divisão do Campeonato Mineiro.
“Desde minha contratação ressaltei que todas as equipes, com exceção de Boa Esporte e Tupynambás, têm atletas de Módulo II. Eles já são rotulados assim, esse ano estão jogando, e ano que vem vão jogar de novo a segunda divisão, eles estão acostumados com isso. Isso está acontecendo com o Patrocinense, Uberaba, Nacional de Muriaé. Eles são conhecedores da forma como é disputada a competição. Por isso que uns morrem na segunda divisão, e outros vão para frente.”
Na sexta rodada do Hexagonal Final do Módulo II, que abre o returno da competição, o Tupynambás enfrenta o Patrocinense, no sábado, 29, às 16h, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, com transmissão da Rádio Globo 910AM!