Sem início, meio e fim. Não há aquela cronologia de fatos como nos livros de histórias, mas há cores, formas e memórias que revelam a cultura dos povos indígenas brasileiros. Trata-se do Museu de Etnologia Indígena e História Natural localizado no Colégio Cristo Redentor, popularmente chamado de Colégio Academia. Para além do “19 de Abril”, instituído em 1943 por Getúlio Vargas como “Dia do Índio”, o Museu da Manchester Mineira é uma celebração constante desde 1997, ano no qual abriu as portas pela primeira vez.
Além do o Museu de História Natural que conta com 1.300 peças que evidenciam exemplares de fósseis, minerais, rochas e animais secos, a instituição conta com o setor de Etnologia Indígena, com 400 peças nesse segmento em exposição e outras 3.600 em reserva técnica.
A turismóloga e responsável pelo Museu, Ana Carolina de Paiva Severo, conta que as peças não se referem a um período histórico específico e que foram reunidas desde a década de 1940 pelo biólogo, botânico e padre alemão Leopoldo Krigger, falecido em 2008. “Nessa época, quando chegou na instituição, ele iniciou um processo de pesquisa. As peças que compõe o Museu de Etnologia Indígena foram coletadas nas viagens que ele fazia, mas parte do acervo foi também constituída por meio de doações e compras efetuadas pelo Colégio”, explica Ana Carolina.
Todo o trabalho de manutenção, conservação e restauração das peças é desenvolvido em laboratório próprio, o que impõe uma atualização constante dos dados nos registros informatizados. As visitas são gratuitas e monitoradas por profissionais qualificados. Anualmente, os salões recebem um público médio de 10 mil pessoas.
SERVIÇO
Museu de Etnologia Indígena e História Natural
De segunda a sexta-feira, das 12h às 18h.
Rua Halfeld, 1179 – Centro