O Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e Zona da Mata divulgou em nota a imprensa na noite dessa segunda-feira, 17, que uma médica, cuja idade ainda não foi divulgada, foi agredida no Pronto Atendimento Infantil (PAI), situado na Avenida dos Andradas, na região Central, no início da noite dessa segunda-feira, pela mãe de um paciente.
De acordo com informações da assessoria do Sindicato, a profissional recebeu voz de prisão por parte de policiais militares, após ter se negado a ser conduzida à delegacia, justificando que não poderia deixar a unidade, na qual estaria de plantão.
Em nota, o Sindicato contesta, veementemente, a forma como uma médica e sua superior, foram tratadas pela Polícia Militar. O presidente da instituição, Gilson Salomão, destaca que os profissionais estão “extremamente surpresos, indignados e revoltados com a situação da médica, que foi covardemente agredida dentro do seu ambiente de trabalho. E o que é pior, quando a PM foi chamada para intervir, atuou truculentamente e chegou a agredir a médica”.
De acordo com a nota, a instituição vai cobrar respostas do secretário de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc), José Armando da Silveira, e do coronel Alexandre Nocelli, comandante da 4ª Região de Polícia Militar.
Os sindicalistas realizaram uma reunião no dia 13 de março com as autoridades de segurança para relatar a insegurança dos profissionais que trabalham no serviço de saúde no município. Na oportunidade, as frequentes agressões a profissionais que atuam na rede pública foram citadas.
“O Sindicato está dando todo apoio à médica e vamos acompanhar os fatos de perto e esta situação não pode voltar a se repetir”, finalizou.
Versão da Polícia
Segundo a Polícia Militar, a médica e a mãe da criança teriam partido para agressão física. A mãe da criança de quatro meses, ainda segundo a PM, não teria ficado satisfeita com o atendimento prestado pela médica a criança. Em seguida, na presença de testemunhas, passou a ameaçar esfaquear profissional de saúde.
A Polícia, após ouvir ambas as partes e, tendo em vista que cada uma apresentou uma versão diferente da outra, e diante da afirmativa de que a mãe da criança estaria com escoriações nos braços e na altura do seio, foi solicitado que a médica acompanhasse a PM até a Delegacia de Polícia. No entanto, ainda segundo a PM, a médica recusou-se a comparecer de forma espontânea na Delegacia, dizendo que estava em seu local de trabalho, dispensando a presença da Polícia no local.
Durante o desenlace da ocorrência, a mãe insistia em ameaçar à médica de plantão dizendo que iria esfaqueá-la. A médica aproveitando o tumulto formado no local, tentou sair sem ser percebida, o que foi repelida por integrantes da viatura policial, que diante da resistência desta, decidiram levar a médica de forma coercitiva à presença da autoridade policial, para que fossem tomadas as demais providências.
Última Atualização: 18 Abril 2017 10:39