Funcionários de duas fábricas de móveis em Ubá paralisaram as atividades e fizeram uma manifestação na manhã dessa segunda-feira, 17. A manifestação foi motivada pela falta de reajuste salarial.
De acordo com presidente do Sindicato dos Marceneiros da Indústria de Ubá, José Carlos Reis Pereira, os trabalhadores aguardam aumento de salário desde setembro de 2016, data base da categoria.
“Queremos o reajuste de acordo com a inflação para todos os trabalhadores. Já foram apresentadas propostas inferiores e não aceitamos”, disse. Atualmente, a inflação gira em torno de 9,68% e de acordo com as propostas apresentadas, o reajuste fica em menos de 5%. “Não iremos trabalhar até que o reajuste pedido seja atendido e que o retroativo seja pago”, completou.
Devido ao impasse, segundo Pereira, o Sindicato entrou com uma ação contra os empregadores. “Na frente do desembargador, eles apresentaram uma proposta de 8% e pediu que mudássemos a data-base. Porém, nós não aceitamos a mudança da data. O desembargador concordou com o posicionamento”, explicou o sindicalista.
Junto ao aumento de ganhos, a categoria também reivindica melhores con dições de trabalho. Atualmente, o número de acidentes no desempenho das atividades é uma das maiores preocupações do Sindicato. “O número de acidentes de trabalho é alto e não temos plano de saúde. Nós queremos condições melhores. O desrespeito é muito grande com o trabalhador”, enfatizou.
OUTRO LADO
O Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário de Ubá (Intersind) informou que uma das empresas ofereceu 8% de índice de reajuste. “A proposta já é do conhecimento do Sindicato [trabalhista], tendo sido comunicado ao mesmo, por meio de ofício pertinente. Neste sentido, sugerimos a todas as indústrias que procedessem aos trabalhadores à antecipação do referido índice oferecido, até a concretização das negociações”, disse em nota.
Apesar da oposição do sindicato trabalhista, a entidade continua se esforçando para que as negociações se concretizem. “Entendemos que o melhor caminho, neste momento de enfrentamento da crise, é a busca de uma negociação justa. Assim, além de garantir um reajuste adequado à atual situação da economia brasileira, será possível garantir, também, a manutenção dos postos de trabalho e de milhares de empregos ao cidadão ubaense”, finalizou.