Motoristas e cobradores voltaram a pressionar o sindicato patronal para avançar na negociação salarial. Na tarde dessa terça-feira, 11, em nova reunião, o Sindicato Patronal avançou pouco nas propostas e os trabalhadores optaram por não aceitar os valores. Foi proposto um reajuste de 6,15%, 0,9% a mais que o proposto em assembléia realizada na ultima sexta-feira, 7, entre representantes do Ministério do Trabalho e dos sindicatos. Na oportunidade, foi apresentado para a categoria uma contraproposta em que o salário era reajustado em 6,6% e o valor do ticket refeição aumentaria para o valor de R$310.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo (Sinttro), Vagner Evangelista Corrêa, a classe trabalhadora aceitou o valor do ticket proposto, no entanto, o reajuste salarial segue em discussão. “O mediador do Ministério do trabalho ofereceu uma proposta que não atende totalmente à categoria. Realizamos uma nova contraposposta de 7,6% de reajuste e os R$310 do ticket. Se eles aceitarem, fechamos a negociação”, explicou.
Inicialmente, a classe pleiteava o aumento salarial de 8,44%, sobrepondo à inflação no período de 31 de janeiro de 2016 a 1º de fevereiro de 2017, considerado como data-base para a medida, o vale refeição e alimentação em R$310, além de requererem melhores condições de trabalho, uniforme, alimentação e plano de saúde.
O presidente do Sinttro reiterou, ainda, que no momento, os trabalhadores não pretendem parar. Além disso, ele reforçou que as partes estão empenhadas em resolver a situação. “Os trabalhadores estão aderindo à Campanha Salarial em pressão pelas negociações. Vamos tentar negociar para chegar ao acordo. No momento, não existe probabilidade de paralisação”, destacou.