A Prefeitura de Juiz de Fora, por meio da Superintendência Regional de Saúde, divulgou na manhã dessa quarta-feira, 5, um plano de ação que será desenvolvido pelo Estado no combate ao Aedes aegypti, mosquisto vetor da dengue, chikungunya, febre amarela e Zika virus. O anúncio foi feito pelo subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Rodrigo Said, durante coletiva de imprensa na sede da Superintendência.
O subsecretário esclareceu que a situação está sendo tratada com prioridade não só pela Secretaria de Saúde (SS) da Prefeitura, mas pelo Governo. “Estamos mobilizados com nossas 28 equipes regionais. Temos um comitê atuante para monitorar semanalmente a situação epidemiológica e apoiar os municípios no desenvolvimento das atividades de rotina. No caso de sinalização de alta transmissão, seja de dengue, Zika ou chikungunya, usaremos da estratégia de ações de contingência”, explicou.
Em 2016 houve uma grande epidemia de dengue e Zika vírus não só em Juiz de Fora, mas em diversas partes do estado. Preparando-se contra um novo surto, a SS, que divulgou recentemente que o Levantamento do Índice deInfestação Rápido do Aedes aegypti (Liraa) chega a 4,8% na cidade, mantém ações reforçadas de combate ao mosquito e às doenças. “Realizamos ações preconizadas pelo Programa Nacional de Combate à Dengue durante todo o ano. Estamos realizando vistorias em imóveis, atendimento de denúncias, aplicação de inseticidas e limpezas em locais solicitados”, explica o coordenador de campo das ações de combate à dengue da PJF, Juvenal Marques.
Conforme Marques, a PJF mantém ativa a Sala de Operação, que realiza obras de prevenção e combate ao mosquito, além de ações de orientação à população.
A Prefeitura mantém disponível o número 199, que recebe denúncias a locais que possam acumular água e se tornarem focos do mosquito.
EM TODO O ESTADO
Atualmente, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas possui registrado no sistema 401 casos de Zika em 2017. No ano passado, no mesmo período, foram registradas cerca de 10 mil ocorrências, o que demonstra redução expressiva na incidência de manifestações do vírus. Por outro lado, o cenário para chikungunya é alarmante. Apenas no período de janeiro a abril deste ano a Secretaria de Estado de Saúde já contabiliza em sua base de dados 6.020 casos da doença. Em 2016, no mesmo período, a pasta contabilizou 170 pessoas com chikungunya, sendo que, de janeiro a dezembro, 503 cidadãos contraíram a doença.
Os casos de chikungunya levantados este ano estão concentrados em três municípios do estado: Pedra Azul, Teófilo Otoni e Governador Valadares, com oito óbitos registrados em investigação por suspeita da doença nessas cidades.
O subsecretário informou que, em 2017, de janeiro até a última terça-feira, 4, foram contabilizados 18.696 casos prováveis de dengue em Minas. “No mesmo período do ano passado contabilizamos 310 mil. Houve, portanto, uma drástica redução. Neste ano tivemos um óbito, ocasionado por dengue, confirmado no município de Ibirité, Região Metropolitana de Belo Horizonte [RMBH]. Outras 15 mortes estão tendo as causas apuradas”, explicou Said, acrescentando que em 2016 foram constatados 254 óbitos por dengue no estado, a maioria deles no mês de maio, durante o período da epidemia.