Prefeito e vice-prefeita de Barbacena podem perder mandato

O juiz da 23ª Zona Eleitoral, Joaquim Gamonal marcou para as 8h do dia 19 de abril a audiência de instrução e julgamento da ação movida pelo Ministério Público Eleitoral contra o prefeito de Barbacena, Luís Álvaro, e sua vice, Ângela Kilson, e seu antecessor Toninho Andrada, todos eles filiados ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). A audiência vai acontecer na sala de audiências da Vara da Família e Civil da Infância e Juventude em Barbacena, no Fórum Mendes Pimentel, na Rua Belizário Pena, no Centro.

Sob a alegação de melhor segurança jurídica, outros cinco processos do mesmo gênero e envolvendo os suspeitos foram unificados e serão julgados simultaneamente. Todos com teor de denúncias, que incluem vídeos e depoimentos de que haveriam ocorrido infrações à legislação das eleições 2016 durante o período eleitoral em Barbacena, por parte dos acusados da ação. Nos autos, consta que eleitores e servidores teriam sido intimados a votar na chapa Luís Álvaro/Ângela Kilson ou perderiam seus empregos.

A ação foi protocolada em outubro e nestes seis meses passou por várias fases processuais na Justiça Eleitoral. O promotor da 23ª Zona Eleitoral, Vanne Victorino de Rezende, responsável pela ajuização das ações, acatou as denúncias reunidas em vídeos e testemunhos, e é quem vai apresentar a acusação.

CAUTELA

A chapa Luís Álvaro/Ângela Kilson foi eleita com 14.291 votos ou 22,42% dos votos válidos numa eleição que teve oito concorrentes. Procurado pela reportagem, o prefeito Luís Álvaro (PSB), disse que vê o processo com cautela. “Caso eu seja cassado, eu não vou espernear. Mas seria uma real perda para Barbacena, que vai deixar passar a única oportunidade que já teve de um administrador reorganizar a Prefeitura e fazê-la trabalhar para a população. Mas eu acatarei a decisão da Justiça, muito embora saiba que a cidade precisa muito”, disse.

SUSPEIÇÃO

O ex-prefeito Toninho Andrada, à época prefeito de Barbacena, deu entrada num pedido de suspeição do juiz eleitoral, Joaquim Gamonal, desde que foi citado na ação. A suspeição é quando uma das partes alega que o juiz não é isento para julgar o processo. A relatora no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, juíza Sônia Diniz, autorizou a tramitação normal do processo até o julgamento final da suspeição, que teve audiência na quinta-feira, dia 30, mas deverá ser encerrada na terça-feira, dia 4, após a vista pedida por um juiz que participa do certame.

Colaboração: BarbacenaMais




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