Ex-ministro discute reforma da Previdência com representantes locais

Uma Audiência Pública para discutir a Reforma da Previdência e os seus efeitos sobre a vida dos trabalhadores foi realizada no Plenário da Câmara Municipal na tarde dessa segunda-feira, 20.

Entre os convidados da audiência, solicitada pelo vereador Roberto Cupolillo [Betão-PT], estavam representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro-JF), da Associação de Docentes de Ensino Superior (Apes-JF), integrantes da Central Únicas dos Trabalhadores (CUT), a deputada federal Margarida Salomão (PT) e o ex-ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas.

O vereador petista, Betão, em entrevista a equipe do Diário Regional, comentou sobre a importância dessa audiência para a população. “O objetivo da audiência é alertar a população quanto ao desmonte que o governo quer fazer na previdência publica, e esclarecer todas as propostas, além de mostrar como ela vai incidir sobre os direitos dos trabalhadores”, explicou.

Betão destacou, também, que não há necessidade de reforma da Previdência. “Eu sou totalmente contrário a essa reforma. O que está acontecendo é um ataque aos direitos dos trabalhadores. Uma tentativa do governo de obrigar a população a adquirir uma previdência privada com a finalidade de ajudar os bancos”, reforçou.

O vereador ressaltou, ainda, que a audiência a nível local, pode sim impactar na Reforma a nível nacional. “Participei de um seminário em Brasília que reuniu vereadores e senadores. A tática do Brasil inteiro é realizar uma audiência pública e apresentar uma moção de repúdio a reforma, pedido assim, a sua retirada. Essa é a nossa intenção”, frisou o parlamentar.

Dezenas de pessoas se reuniram nas escadarias da Câmara devido à lotação da Casa. Após a fala inicial do vereador propositor do encontro, o ex-ministro e a deputada Margarida Salomão (PT) discursaram.

DIREITOS

O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, também comentou sobre os direitos do trabalhador que serão privados com a reforma. “Estão querendo fazer uma reforma que acaba com o emprego formal, com a proteção do trabalhador e não podemos aceitar. Precisamos começar a discussão cobrando quem deve para a Previdência Social, as renúncias fiscais, as desonerações. Quem perdeu foi à Previdência. E de quem ela é? Ela é nossa”, exclamou.

A deputada federal, Margarida Salomão, salientou que a reforma de fato é um risco ao direito do cidadão. “A reforma é uma ameaça aos direitos conquistados pela cidadania. Ela representa um mero oportunismo político em que o governo quer agradar ao sistema financeiro. Tenho a compreensão de que não é o momento certo para encaminhar uma grande mudança na vida do trabalhador. Espero que a Câmara de Juiz de Fora mostre uma posição clara contra a votação da reforma da Previdência”, finalizou.




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