Polícia Civil investiga incêndio que atingiu sede do projeto “Jovens Contra as Drogas”

A sede do projeto “Jovens Contra as Drogas” (JCD), localizada na Rua Maria Cândida de Jesus, no bairro Santa Cruz, zona Norte, foi atingida por chamas de um incêndio que iniciou em carro estacionado próximo ao local. O incêndio aconteceu na madrugada do dia 29 de dezembro. “O carro pertencia a um policial militar que presta serviço voluntário. O carro estava estacionado na porta e um coquetel molotov foi jogado no carro”, disse Valdir Carvalho Catelão, responsável pelo projeto.

De acordo com Catelão, a Defesa Civil foi até o local e interditou o prédio. “Não sei para onde levar esses meninos. Uma igreja aqui perto já nos cedeu um salão para realizarmos as nossas reuniões”, disse. Por ano, o JCD atende 500 jovens. “Nós atendemos jovens entre 7 a 29 anos. A nossa próxima seleção, que no primeiro semestre, abriremos 250 vagas”, acrescentou.

Ele contou que acionou a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) para pedir ajuda na reforma do prédio. “Ele [prédio] já estava ruindo, e com o atentado, piorou a situação”, disse.

O titular da 3ª delegacia distrital, Rodolfo Rolli, afirmou que o inquérito policial para apuração foi aberto. A perícia e as imagens do circuito interno de imagens de casas e comércios foram solicitadas.

“Estamos trabalhando com duas linhas de investigação. A primeira linha está relacionada a uma possível intenção de represália ao policial militar que, dias antes, abordou alguns indivíduos que tem envolvimento com furto de motocicleta. Eles teriam colocado fogo no carro e as chamas se espalharam a instituição. A outra hipótese é se a intenção era mesmo atingir o local”, esclareceu Rolli. De acordo com o delegado, ninguém foi ouvido e por enquanto não há nenhum suspeito identificado.

JCD

Segundo estudo do Observatório das Favelas de 2014, disse Catelão, mais de 42 mil adolescentes, entre 12 a 18 anos, poderão ser vítimas de homicídio. O trabalho do projeto atua no sentido de evitar que esses crimes aconteçam. “Atuamos especificamente para reduzir esse número. Eles são treinados para serem agentes da paz social e abordam outras crianças e adolescentes, tentando encaminhá-los para uma igreja, um projeto social ou para as oficinas profissionalizantes do JCD”, explicou.




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