Minas Gerais fecha 2025 com um dos balanços ambientais mais expressivos da última década, marcado pela aceleração do Cadastro Ambiental Rural (CAR), pelo fortalecimento do Programa de Regularização Ambiental (PRA) e pelo crescimento da produção de mudas nativas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Os resultados reforçam um cenário de maior segurança jurídica no campo, recuperação ecológica e modernização das políticas ambientais.
A adoção da análise dinamizada no CAR permitiu ao estado superar gargalos históricos e avançar de forma inédita na validação dos cadastros rurais. Ao final de 2025, Minas ultrapassou 150 mil cadastros concluídos, reduzindo o passivo acumulado e garantindo mais agilidade a produtores que dependem do registro para acessar crédito, programas de incentivo e instrumentos de regularização.
Para a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, o marco representa um salto de qualidade na gestão ambiental rural.
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“Concluir 150 mil cadastros é fundamental para dar segurança jurídica aos produtores e fortalecer a regularização ambiental no estado. Avançamos no PRA e ampliamos a capacidade dos viveiros do IEF, o que garante ritmo crescente à restauração ecológica”, afirmou Marília Melo. |
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A gerente de Recuperação Ambiental e Planejamento da Conservação dos Ecossistemas, Mariana Pimenta, também destaca o impacto direto dos avanços.
“O CAR analisado permite ao produtor acessar crédito, programas de serviços ambientais e recuperar áreas. Saímos de poucas dezenas de análises para mais de 150 mil em um ano, fortalecendo segurança hídrica, mitigação climática e conservação da biodiversidade”, frisou.
No PRA, os resultados também foram significativos. Até o quinto bimestre, o estado registrou 24 mil hectares destinados à conservação e restauração ambiental, impulsionados pela assinatura de 204 termos de compromisso. O avanço consolida o alinhamento entre produtores, órgãos ambientais e políticas públicas de longo prazo.
O IEF sustentou esse progresso com a ampliação de sua infraestrutura. Com 41 viveiros ativos, o instituto produziu 290.213 mudas até o terceiro trimestre, aproximando-se da meta de 300 mil até dezembro. As mudas abastecem ações de recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reservas Legais, arborização urbana, educação ambiental e recuperação de áreas degradadas, ampliando a presença do órgão em todo o território mineiro.
Tratado da Mata Atlântica: Minas supera 79% da meta
Paralelamente à regularização ambiental, o estado avançou na execução do Tratado da Mata Atlântica, firmado em 2023 pelos estados do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud).
Até novembro, foram contabilizadas 5.489.885 mudas nativas, alcançando 79% da meta prevista para 2025 e avançando rumo ao objetivo de 7 milhões até 2026.
A estratégia inclui plantios urbanos, recomposição de APPs, ações educativas, projetos de restauração e iniciativas como o Bosque do Amanhã, fortalecendo os ecossistemas e ampliando a mobilização social.
O subsecretário de Gestão Ambiental da Semad, Diogo Melo Franco, ressalta que 2025 marcou a consolidação de uma política integrada.
“O avanço simultâneo do CAR e do PRA permitiu acelerar a recuperação ambiental e ampliar o apoio ao produtor rural. O Tratado da Mata Atlântica complementa essa agenda ao mobilizar instituições, municípios e a sociedade para ações de larga escala, preparando Minas para os desafios climáticos das próximas décadas”, disse.
Com esses resultados, Minas Gerais encerra 2025 com uma gestão ambiental mais moderna, eficiente e orientada a resultados, posicionando o estado entre as principais referências nacionais na agenda climática e socioambiental.
Fonte: Agência Minas

