Conheça a história da Igreja Melquita, a igreja do disco voador, que completa 60 anos em 2025

Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), a Igreja Melquita de Juiz de Fora, popularmente conhecida como “igreja do disco voador” devido à sua arquitetura singular, completa 60 anos em 2025. Localizada nos fundos da Praça Pedro Marques, na Rua Benjamin Constant, no bairro Santa Helena, a construção desperta curiosidade tanto de moradores quanto de turistas que visitam a cidade.

Trata-se da única Igreja Greco-Católica Melquita de Minas Gerais e uma das apenas seis existentes no Brasil. Oficialmente chamada de Igreja Greco-Católica Melquita ou Igreja Patriarcal Melquita (Paróquia de São Jorge), ela pertence à tradição católica oriental, segue o rito bizantino e preserva o uso do grego e do árabe em sua liturgia, embora cerca de 90% das celebrações sejam em português.

Origem da comunidade

A Igreja Melquita remonta à antiga Antioquia — hoje Antáquia, na Turquia — considerada a mais antiga instituição eclesiástica cristã do mundo. Seu patriarcado abrange três jurisdições apostólicas: Antioquia, Jerusalém e Alexandria. Diferentemente de outras Igrejas orientais, não possui caráter nacional, mas mantém forte ligação histórica com a Síria.

No Brasil, a comunidade é conduzida por Dom George Khoury, bispo responsável pela Igreja Greco-Melquita Católica no país.

O formato de disco voador

O apelido peculiar surgiu da criatividade arquitetônica. O terreno concedido pelo poder público para a obra era íngreme e com formato piramidal, o que dificultava a construção. A solução encontrada pelo engenheiro Jorge Staico, a partir do projeto do arquiteto Eurípides de Castro Leite, foi nivelar o espaço com uma laje e erguer um teto abobadado que desce até o piso, conferindo à igreja a forma que remete a um disco voador.

A obra começou em setembro de 1959, liderada pelo então padre Pedro Arbex, com o apoio da comunidade sírio-libanesa de Juiz de Fora, responsável por viabilizar financeiramente a construção. Até a inauguração, as celebrações do rito bizantino eram realizadas na Igreja do Rosário, no bairro Granbery.

Turismo e patrimônio

Hoje, a Igreja Melquita faz parte do roteiro “Caminhando pela História”, promovido pela Secretaria de Turismo (Setur) da Prefeitura de Juiz de Fora. A ação leva moradores e visitantes a pontos turísticos, arquitetônicos e artísticos da cidade, reforçando a identidade cultural e o sentimento de pertencimento local.

Com seis décadas de existência, a igreja segue sendo espaço de fé, tradição e memória para a comunidade religiosa e também um dos ícones mais curiosos da paisagem urbana juiz-forana.




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