Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), após dez anos sem realização, o país está retomando as Conferências de Políticas para as Mulheres e fortalecendo a democracia participativa e a construção coletiva de propostas para efetivação de direitos. Empenhada nestes compromissos e na luta pela igualdade de gênero, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Secretaria Especial das Mulheres e do Conselho Municipal de Direitos da Mulher, iniciou oficialmente a IV Conferência Municipal na noite desta quinta-feira, 26, com uma palestra magna da ministra das Mulheres, Márcia Lopes. A cerimônia contou também com discursos da prefeita Margarida Salomão; da deputada federal Ana Pimentel; da secretária das Mulheres Lourdes Militão; da representante da Câmara Municipal, a vereadora Laiz Perrut; e do vice-reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Telmo Ronzani.
“É uma alegria, um prazer retornar a Juiz de Fora, agora como ministra das Mulheres, e palestrante da IV Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres. Com todo apoio da prefeita Margarida Salomão que criou em janeiro da Secretaria das Mulheres. A política de mulheres é intersetorial, a articulação entre as áreas. Nós queremos as mulheres atendidas, protegidas, cuidadas. Por isso, é muito importante que este momento aconteça, para as mulheres falarem das suas realidades. Hoje também anunciamos a liberação dos recursos para concretizar o projeto que a prefeita luta há tanto tempo que é a Casa da Mulher Brasileira, que vai ser construída ao lado da prefeitura. Já anunciamos a transferência de R$ 4 milhões de reais como emenda da deputada federal Ana Pimentel e R$ 5,5 milhões que o Ministério das Mulheres está colocando para este equipamento, um serviço público integrado que totaliza as necessidades de quem enfrenta e vive a dureza e o drama de uma violência”, salientou Márcia Lopes.
A prefeita ressaltou em sua fala o quanto a conferência é essencial para a democracia. “A presença de todas aqui é uma manifestação de esperança e confiança de que nós resistiremos aos tempos difíceis em que vivemos, que nós encontraremos o rumo que levará as nossas vidas a serem mais plenas, mais perfeitas, mais mobilizadas pelo acesso aos direitos. Um dos quais não devemos nos esquecer nunca é o direito de buscar a nossa própria felicidade. Estamos aqui para debater a nossa situação, a nossa cidade e para encontrar o melhor rumo para o nosso país. Se não tematirzarmos gênero na educação, na segurança, na saúde, ficaremos sempre propondo políticas reativas, como a deficiência do acesso ao trabalho, à formação das mulheres para que tenham mais protagonismo e deficiência na segurança. A mudança cultural se faz com políticas públicas que a subsidie e que a fortaleça”.
Já a deputada Ana Pimentel ressaltou a obrigação do cuidado que é imputado às mulheres. “Elas ocupam nas suas semanas dez horas a mais que os homens com o cuidado e a sustentabilidade da vida. O que é justo é fazer com que as mulheres tenham mais acesso à políticas públicas, à educação, à cultura, ao lazer, porque nós precisamos de vida com dignidade. Sempre com muita generosidade, as mulheres colocam suas vidas para a sobrevivência da coletividade. É por isso que elas precisam ser cuidadas. É a primeira vez que temos no nosso país nós temos o cuidado garantido como reconhecimento, como direito universal e responsabilidade do estado”.
“Sabemos que o nosso enfrentamento não é fácil, nosso enfrentamento é diário. Por isso estamos iniciando hoje uma conferência que é para todas nós apresentarmos propostas para que as mulheres de Juiz de Fora tenham um melhor viver, um bem viver. Parabéns a todas que estão aqui! Temos várias vereadoras aqui, mas, ainda somos poucas na política. Vamos investir, vamos nos engajar na política para que possamos defender a nossa causa. Uma grande conferência para todas nós”, desejou a secretária Lourdes Militão
A vereadora Laiz Perrut enfatizou a necessidade do pleno funcionamento da delegacia de atendimento à mulher. “Temos que cobrar do governo do estado o cumprimento da lei sancionada pelo presidente Lula que determina o funcionamento 24 horas da Delegacia de Mulheres, o que ainda não acontece na cidade”. “Uma nação em que se constituí desigual por vários aspectos, inclusive a questão de gênero, ela fere o princípio civilizatório democrático. Então, pela democracia a gente precisa lutar por isso e a Universidade se coloca como um agente ativo”, mencionou Telmo Ronzani.
A solenidade de abertura teve como atração cultural a apresentação do quarteto de cordas composto pelas musicistas Vivian Vignoli (1º violino), Natália Paganini (2º violino), Lenara Finotti (viola) e Ana Vieira (violoncelo). A conferência se encerra nesta sexta-feira, 27, após a conclusão da plenária final, eleição de delegadas e dos trabalhos em grupos que discutem sobre três eixos que serão expostos pelas painelistas: Aline Junqueira, Amanda Andrade, Cássia Ferreira, Jussara Alves, Flávia Alencar, Ticiana Didres, Adenilde Petrina e Letícia Damasceno e Sol Mourão.
Confira abaixo a programação completa e uma pequena biografia de cada responsável pelos eixos: