Em cerimônia realizada na Cidade Administrativa, o governador Romeu Zema assinou o protocolo que dá início ao projeto Moradia Saudável. Este é o primeiro passo da parceria entre a iniciativa privada e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese-MG), que já desenvolve o programa Moradas Gerais e promove melhorias habitacionais.

	“Temos aqui uma empresa lançando um projeto social totalmente inovador e diferente, que oferece àqueles que têm uma casa sem reboco ou sem um acabamento adequado a oportunidade de realizar essas melhorias. Esse projeto utiliza o produto que é fabricado em Minas Gerais, e representa uma mudança significativa na vida de muitas famílias. Essas pessoas terão acesso a uma casa mais digna, confortável e saudável”, destacou Romeu Zema.

A Fassa Bortolo é uma empresa italiana que produz diversos insumos para a construção civil, que no Brasil tem sede em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e tem tradição de integração com as comunidades e culturas dos locais onde atua. O grupo internacional já tinha intenção de contribuir com Governo de Minas em projetos sociais.

O diretor Financeiro e de Relações Institucionais da Fassa Bortolo do Brasil, Ivan Aliberti, ressaltou que Minas Gerais tem se destacado como um estado estratégico para a empresa por conta do apoio institucional e receptividade. Com o Moradia Saudável, a empresa também coloca em andamento um projeto social próprio.

“É com grande satisfação que lançamos oficialmente o programa Faça o Bem, que reúne uma série de ações culturais, educacionais e sociais para fortalecer a relação entre a nossa empresa e a comunidade brasileira”, destacou.

Em uma vídeoconferência direto da Itália, o presidente honorário da Fassa Bortolo, Paolo Fassa, destacou que a empresa está empenhada em investir no país em um compromisso com as comunidades locais. “Por meio de um projeto que busca promover o bem-estar, especialmente com o projeto Moradia Saudável, queremos continuar criando, dentro de nossas possibilidades, moradias melhores que possam representar um verdadeiro ponto de partida para uma vida mais digna”, reforçou.

O projeto

A proposta começou a ganhar corpo a partir de uma análise da Sedese-MG de que a maioria das casas de comunidades das periferias de Belo Horizonte não possui revestimento externo sobre as paredes de blocos cerâmicos ou de concreto. A umidade interna e a proliferação de mofo contribuem para a incidência de doenças respiratórias entre os moradores desses imóveis.

O protocolo de intenções prevê a formação de um grupo de trabalho com diversos parceiros para definir a comunidade na qual o projeto-piloto será iniciado e os critérios de escolha das residências que serão beneficiadas. O grupo começa a trabalhar em janeiro, sob coordenação da Sedese-MG e da Fassa Bortolo do Brasil, em articulação com os demais integrantes.

	“Nada melhor do que ter uma rede colaborativa para enfrentar um problema complexo, em Minas e no Brasil, que é a questão habitacional, que gera interferência direta e é fator de risco para a saúde física e mental das pessoas, como problemas respiratórios, de alergias, transtorno de sono, ansiedade. E essa parceria vai nos possibilitar aprimorar essa nossa política”, enfatizou o secretário de Estado Adjunto da Sedese-MG, Ricardo Alves.

Para execução do projeto, a Fassa Bortolo e o Sindicato da Industria do Cimento de Minas (Siprocimg) vão oferecer materiais e outros produtos para as obras. O Sindicato da Indústria da Construção da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG) vai incentivar construtoras a realizarem a aplicação do reboco. Já o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) cuidará das autorizações técnicas. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg-MG), o Consulado Geral da Itália e a Câmara Italiana de Comércio de Minas vão oferecer suporte institucional.

“O revestimento adequado em moradias de alvenaria é um elemento fundamental para a promoção da dignidade, da saúde e da qualidade de vida, especialmente para aqueles que vivem em condições de vulnerabilidade”, afirma o presidente do Crea-MG, Marcos Venícius Gervásio.

Fonte: Agência Minas