A natureza não pode criar a sua própria lei de funcionamento

A natureza é a realidade que nos circunda: céu, terra, água, seres inanimados e seres vivos, fenômenos físicos, fenômenos químicos, inclusive, suas leis de funcionamento. Trata-se de um espetáculo impressionante, tanto maravilhoso quanto complexo. Maravilha e complexidade que conspiram juntos numa trama intrigante que fascina a humanidade.

Quando questionamos acerca da origem, atualmente domina a teoria que afirma a autocriação aleatória, ou seja, que a natureza criou a si mesma sem qualquer razão anterior. Segundo esta perspectiva, todos os fenômenos naturais e as leis que os regem surgiram de maneira espontânea, sem a intervenção de qualquer inteligência superior. Uma hipótese que, devemos admitir, enfrenta sérios desafios lógicos.

Ora, se a natureza é definida por suas leis, como poderia a própria natureza produzir as leis que a definem? Algo que é delimitado por sua definição não pode ser autor da definição que o delimita.

Na verdade, a ideia de que a natureza criou a si mesma é completamente absurda. Quando observamos atentamente as evidências, a constatação nos conduz pelo caminho inverso ao do modelo dominante. A complexidade e a interconexão dos sistemas naturais, como os astros, os ecossistemas e as estruturas biológicas, parecem exigir um planejamento meticuloso e uma ordem que não podem ser explicados senão por leis que as antecipam e sem as quais não poderiam existir funcionalmente.

Um caso evidente é o da gravidade, que mantém os planetas em órbita. Essa força não pode ser produto do próprio universo, pois é uma das regras que fazem o universo funcionar.  Outro tema é a ordem encontrada no cosmos: desde as galáxias até as menores partículas subatômicas, tudo parece corresponder à parte de um mesmo todo. Desde pequenos átomos até as vastas galáxias, cada ente possui um lugar e um propósito no cosmos. A complexidade da vida, como o funcionamento do corpo humano, com suas células e sistemas interdependentes, não pode ser explicada apenas por processos aleatórios, visto que a parte determina o todo. Por fim, interações entre espécies, como as abelhas e as flores, mostram um sistema tão intrincado que acentua a improbabilidade de que tamanha harmonia tenha surgido sem uma intenção por trás.

A observação do universo revela um equilíbrio delicado que sugere um planejamento cuidadoso. As milhares de leis que determinam ajustes finos tornam cada coisa funcional se associando a tantas outras variáveis precisas que estabelecem conexões entre sistemas individuais complexos conformando uma totalidade harmônica. Como não haveria uma mente brilhante por trás?

As evidências nos fazem constatar que a explicação mais razoável é que algo anterior e superior deve ter estabelecido as leis que, por sua vez, delimitam a natureza e a faz funcionar harmônica e coordenadamente.

A ciência, enquanto busca entender o mundo, não pode afirmar categoricamente quem criou as leis da natureza. Contudo, a pergunta “a natureza foi criada?” pode ser respondida. E as evidências apontam no sentido de uma resposta afirmativa

 

 




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