A presença do Governo de Minas na 51ª Abav Expo, em Brasília, gerou contatos e estimativa de gerar aproximadamente R$ 20,5 milhões em negócios para o estado.
Os números são de pesquisa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) com os 16 coexpositores do estande Minas Gerais, grupo formado por receptivos turísticos, Instâncias de Governança Regionais (IGRs), hotelarias, operadoras turísticas e agências de viagens.
O estande, que teve patrocínio da Codemge e apoio do Sebrae Minas, atraiu cerca de 4,5 mil pessoas nos três dias de feira (de 26 a 28/9).
No local, a Secult-MG também se reuniu com a agência de viagens espanhola Destinta, que pretende comercializar o destino Minas na Europa, e com representantes do grupo Vila Galé, que prepara a inauguração do hotel em Ouro Preto, anunciado em 2023.
“Os números, mais uma vez, evidenciam o potencial das feiras turísticas para atrair investimentos e impulsionar a geração de emprego e renda para os mineiros, uma das metas da atual gestão”, declarou o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.
Capacitação
O secretário também citou o lançamento do Cria.Forma, o maior programa de capacitação nas áreas de Turismo e Cultura já feito pelo Estado, com quase 43 mil vagas em cursos gratuitos.
“Trabalhamos em todas as frentes para garantir a capacitação, o emprego e o desenvolvimento econômico para os mineiros”, destacou..
Na feira, expositores participaram de rodadas de negócios, formações de parcerias para eventos regionais, alinhamento com operadores, agências de viagens e influenciadores, além de outras reuniões com parceiros. A feira também sediou promoção de rotas com receptivos, divulgação de roteiros, captação de eventos e negociações com pequenas agências.
Em relação à experiência, 100% dos participantes afirmaram que estão motivados a participar de outras feiras e eventos que promovam o turismo mineiro em alcance nacional. Também foi aprovada a promoção de produtos turísticos formatados e a aproximação com empresas do mercado.
Principais segmentos turísticos
A transversalidade entre cultura e turismo apareceu como o principal segmento trabalhado pelos expositores, com a promoção da cozinha mineira e o turismo histórico e religioso, fortes em todas as regiões de Minas Gerais.
Também o turismo rural foi apresentado, seguido respectivamente pelo turismo de negócios e eventos e ecoturismo/turismo de natureza. O objetivo da pesquisa foi o de compreender a comercialização e promoção de produtos turísticos mineiros, a fim de melhorar ainda mais as políticas públicas para o setor.
“Estruturando as rotas, as experiências com a cozinha mineira e com nossos produtos tipicamente mineiros, como café, cachaça, produção dos queijos, estamos diversificando a oferta de atrativos turísticos para o nosso público. Minas pode, sim, ser o principal destino turístico do Brasil”, avaliou a secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Josiane de Souza.
Boa mesa
O estande Minas Gerais fez sucesso na Abav Expo. Em meio ao “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”, um dos principais atrativos do estado esteve sob os holofotes da programação. Foram oferecidas cerca de 6 mil produtos variados, entre refeições e degustações, ao público.
Ao todo, 1,2 mil porções de penne com frango e ora-pro-nóbis e as tradicionais empadinhas de Cachoeira da Prata, além de 600 drinks a base de whisky e cachaça. Todos esses aperitivos celebraram a estreia da Rota do Frango e Cachaça, idealizada pela IGR Grutas em parceria com o Senac Minas, lançada no Dia Mundial do Turismo (27/9).
A lista de iguarias servidas englobou ainda 1,2 mil pratos variados, preparados por diversos chefs nas ações da Cozinha Viva e por dona Vera Lúcia, da Chácara Cristal; 1,5 mil degustações de produtos mineiros diversos, sendo 600 oferecidas em parceria com o Mercado Central de BH; e 1,5 mil cafés da Zaro Café.
Queijo Minas Artesanal
A feira também foi marcada pela campanha dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
Presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), João Paulo Martins destacou a importância desse título para o estado, sublinhando as oportunidades de geração de renda e negócios para as regiões queijeiras.
A candidatura será avaliada no início de dezembro, em Assunção, no Paraguai, durante a 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental da Unesco.
“O reconhecimento pela Unesco significa Minas ter a divulgação internacional, trazendo também oportunidades e reconhecimento para todas as nossas regiões queijeiras. Dessa forma, também conseguiremos difundir mais os produtos, melhorar as condições de produção e promover o turismo de experiência, cada vez mais crescente em nosso território”, avaliou João Paulo.
Fonte: Agência Minas