Um homem, de 25 anos, foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por descumprimento de medida protetiva de urgência em Juiz de Fora, na Zona da Mata, nesta última segunda-feira (9/10).
O suspeito, que já havia sido preso em março deste ano e usava tornozeleira eletrônica, foi localizado em casa, no bairro São Mateus. Os policiais da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) cumpriram o mandado de prisão preventiva após a ex-companheira, de 41 anos, denunciar as violações da ordem de afastamento.
A delegada titular da Deam em Juiz de Fora, Alessandra Azalim, explica que descumprir medida protetiva é crime, e deve ser denunciado. “As mulheres devem registrar todo descumprimento, com isso podemos representar ao Judiciário a prisão preventiva do agressor”, esclarece.
No Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher, 10 de outubro, a PCMG também divulga o levantamento de registros de violência doméstica na cidade. A data está relacionada com um protesto feito por mulheres em 1980 contra o aumento dos crimes de gênero e tem como principal objetivo estimular a reflexão sobre o tema.Em Juiz de Fora, o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher pela Polícia Civil apresenta dados estatísticos de 2023 basicamente estáveis em relação ao ano anterior.
De janeiro a agosto deste ano, 3.133 mulheres registraram algum tipo de violência no município. Em 2022, foram 2.983 no mesmo período, pouco mais de 4% de aumento. Em Minas Gerais, o acréscimo foi de 6,3%.Segundo a delegada Alessandra Azalim, o aumento pode refletir uma maior confiança das mulheres em denunciar os casos de violência: “percebemos que as mulheres estão mais confiantes e seguras ao procurar pela polícia, estão mais informadas sobre seus direitos, inclusive sobre as mudanças na legislação, que criminalizou expressamente a violência psicológica”.