Não há muito mais espaço prá gente se surpreender com atitudes assumidas por estudantes universitários, na vida brasileira. Agora, são alunos de Medicina de três Universidades paulistas que resolveram desfilar pelados, na realização de uma olimpíada escolar. Eles dizem que foram obrigados a isso por alunos veteranos, como parte de um trote fora da época e de propósito.

De todo modo, indivíduos de 18 ou 20 anos já têm idade para compreender que isso provocaria natural revolta. Se o objetivo era provocar um choque, tiveram pleno sucesso, embora a reação não se tenha feito esperar: deverão todos eles ser expulsos das suas respectivas instituições, como é natural que ocorresse.

O que causa espécie, em particular, é que todos eles são estudantes de Medicina, ou seja, futuros médicos. Onde fica o juramento de Hipócrates na conduta desses transgressores da moral pública?

E escolheram uma inocente olimpíada escolar para ess show de exibicionismo absurdo, agravado  pelo fato de serem estudantes de Medicina, uma das nossas mais nobres e recatadas profissões. Se o objetivo era ferir os olhos das milhares de mulheres presentes no local, é claro que foi amplamente alcançado.

É preciso rever o que se entende por trote, no âmbito das nossas Universidades. Somos do tempo em que todos se acomodavam com um simples “diploma de burro”. As agressões físicas eram proibidas e isso agora virou moda. Para satisfação do ego de uns poucos anormais, travestidos de líderes estudantis.

A expulsão pura e simples não é suficiente. É preciso processar autores intelectuais e participantes desse show de mau-gosto, que de certa forma agride a instituição universitária. Em que laboratórios isso tudo foi engendrado e quais são os seus responsáveis – é o que a nossa sociedade quer saber, com urgência possível, para que o exemplo não prospere de forma alguma. O MEC também está sendo chamado a se pronunciar sobre essa verdadeira tragédia ocorrida em São Paulo, e que nos traz muita vergonha. O comando dessas três  Universidades precisa ser chamado às falas, mesmo que aleguem desconhecimento da matéria. É cada coisa…




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