Teatro trabalha pertencimento racial com alunos da Escola Municipal Jovita de Montreuil Brandão

Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), o pedido de um lápis “cor de pele” para colorir um desenho é ponto de partida para a abordagem sobre pertencimento racial positivo, feita em encenação apresentada às crianças da Escola Municipal Jovita de Montreuil Brandão, no bairro Parque das Águas nesta quarta-feira, 20. A atividade faz parte da temática escolhida pelo corpo docente da escola para ser desenvolvida pelo projeto Nossa Escola: Segurança, Cidadania e Cultura de Paz durante o ano na unidade.
Montada por servidores da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc), a peça se baseia no livro A Cor de Coraline, de Alexandre Rampazo. Toda a reflexão começa quando Pedrinho pede um lápis “cor de pele” para Coraline, a fim de completar um desenho que fazia. Inicialmente, a menina procura o tal lápis. Mas logo se vê em dificuldade de determinar qual das opções de sua caixa seria. Então, de forma faceira, ela começa a confabular possibilidades de cores de pele em diferentes situações.
“Se estivéssemos em Marte e fossemos marcianos, a cor de pele seria verde. Se alguém nascesse em um lugar bem longe e diferente, certamente seria de uma cor bem diferente também. Se fossemos um peixinho dourado, o lápis amarelo seria a cor da pele a ser pintada”, com essas comparações, Coraline começa a observar a multiplicidade de cores possíveis para se referir à pele. Ela segue brincando e oferecendo outras opções ao amigo Pedrinho. Para um mundo de pessoas envergonhadas, sugere a pele vermelha. Para um mundo de pessoas fofinhas; a cor lilás. Em Netuno, talvez azul. Até se questionar sobre a determinação de uma única cor a ser considerada cor de pele e encontrar o lápis marrom que melhor representava a cor da própria pele e entregá-lo ao amigo.
A apresentação trabalha com a interação do público, trazendo as crianças para responder também aos questionamentos e pensarem sobre qual ou quais são as cores de pele. A proposta da atividade lúdica é suscitar a observação e a compreensão sobre a diversidade racial de forma leve e criativa.
Nesse segundo ano de atividades, na E. M. Jovita, o trabalho do “Nossa Escola” está centrado na temática do pertencimento racial. A demanda foi apontada pelos próprios professores e tem o objetivo de ampliar a discussão da questão, despertando a valorização, o reconhecimento, o fortalecimento da autoestima e o respeito às raízes étnicas e culturais entre os alunos.
O projeto Nossa Escola é concebido a partir da lógica da intersetorialidade, alinhado às metas do Plano Municipal de Segurança Urbana e Cidadania para a construção de uma sociedade mais segura. Juntas, as secretarias de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc) e de Educação (SE) vêm trabalhando para a melhoria das relações no ambiente escolar e pela construção de uma cultura de paz.




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