Com a presença de mais de 200 pessoas, realizou-se em Brasília a festa da Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior, em que se fez pela sexta vez a entrega do seu Prêmio de Jornalismo. O júri, constituído por Merval Pereira, Marcos Vilaça e Arnaldo Niskier, contemplou os oito trabalhos mais identificados, em nível nacional, com as perspectivas da educação brasileira.
Assinala-se um fato palpável: desde que a ABMES constituiu esse prêmio, a cobertura de jornais e emissoras de rádio e televisão tem aumentado muito, com sugestões concretas sobre o aperfeiçoamento da relação do país com a educação e os meios de comunicação.
Nessa oportunidade, por uma feliz decisão do presidente da ABMES, professor Celso Niskier, esteve presente à solenidade o Ministro da Educação, Camilo Santana, que fez na ocasião um importante pronunciamento, o que valorizou em muito o evento mencionado.
Todos os premiados puderam fazer declarações. Fazendo parte da mesa, tive a oportunidade de destacar o valor da promoção. “Foram 290 trabalhos de excelente nível, o que dificultou enormemente a escolha dos vencedores. Foi a primeira vez que atingimos um número tão elevado.” – disse na ocasião.
Na oportunidade, foi prestada homenagem à memória do educador Edson Franco, do Pará, recentemente falecido, e que foi presidente da ABMES.
Tendo o ensejo de falar, critiquei a decisão do governo de São Paulo, que recusou os livros impressos do Programa Nacional do Livro Didático, sob a alegação de que são muito superficiais. A Secretaria de Educação sugeriu empregar, da 6ª à 9ª série, materiais digitais. Essa escolha não tem ainda uma comprovação científica – e é considerada uma verdadeira temeridade. O Secretário de Educação ficou de reconsiderar a medida.
A verdade é que nem todas as escolas públicas de São Paulo podem adotar a medida, com a necessária eficiência. E o resto do Brasil seguramente não tem condições de acompanhar essa providência discutível.