Considerações sobre a fé – parte 03

Dando sequência à série de indagações sobre a fé, eis a mensagem da semana: para que?

Em nosso mundo, nas relações que estabelecemos com as coisas e com as pessoas, se naturalizou a noção de que precisamos “obter vantagens”. Esse traço tipicamente humano se potencializou com o capitalismo e hoje vivemos sob o império do utilitarismo.

Não vou comentar sobre essa caraterística da nossa espécie/cultura, triste ao meu ver, apenas quero realçar que todos nós somos influenciados pelo meio em que vivemos e que, por isso, aprendemos a sempre indagar antes de decidir: “para que me serve?” Refletir acerca das utilidades tornou-se o fundamento para escolher aquilo que perseguimos ou aquilo que rejeitamos.

A fé também resiste a tal tipo de prova, pois possui algumas funções práticas relacionadas ao nosso bem-estar, tanto imediato quanto vindouro.

Para ter uma noção de “para que serve a fé”, leia atentamente duas passagens que seguem em destaque. A primeira é:

“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1 João 5: 4).

A fé é a arma que dispomos para vencer as aflições que o mundo nos impõe. Se observarmos detidamente veremos que não há diferença essencial entre nossa “civilização” e a selva, pois todo tempo estamos sob as mais diversas ameaças: perder o emprego, adoecer, ser atropelado, ser assaltado, levar um calote, faltar dinheiro, ser atingido por uma bala perdida, perder alguém querido…

Não temos controle de nada disso, devemos vigiar para minimizar os riscos, porém, estamos permanentemente à mercê de que algo ruim nos aconteça.

Essa sensação de risco permanente tem motivado a potencialização dos tormentos mentais: aflição, angústia, ansiedade, depressão…

Em contrapartida, a fé em um Deus supremo é a chave para superar essas inquietações. Pois se sei que Deus está comigo, que mal poderá me atingir?

“Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8: 31).

Existem também tormentos que têm origem espiritual, e a fé é a arma mais adequada para nos proteger dessa espécie de mal, pois está escrito:

“Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno” (Efésios 6: 16).

Portanto, a primeira vantagem da fé é que ela nos

proporciona a proteção do Todo Poderoso enquanto caminhamos por este mundo repleto de perigos:

“AQUELE que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará” (Salmos 91: 1).

Esse tipo de “vantagem”, porém, embora importante, é passageira e só faz sentido se acompanhada de outra certeza. A segunda passagem em destaque aponta para a mais importante entre todas as vantagens obtidas pela fé, qual seja: a Salvação para a Vida Eterna!!!

“Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas” (1 Pedro 1: 9)

Observe atentamente que a finalidade última da fé é a salvação, ou seja, a Vida Eterna. Ela jamais será alcançada se não vivermos em comunhão com o Criador, comunhão proporcionada por uma fé viva e vibrante.

A bênção do Senhor é completa: pela fé somos guardados dos terrores existentes neste mundo e ao mesmo tempo estamos sendo preparados para a vida verdadeira:

“Que mediante a fé estais guardados no poder de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo” (1 Pedro 1: 5).




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