No dia do aniversário da Academia Brasileira Letras(126 anos) diversas personalidades foram homenageadas. A Secretária de Estado de Educação, professora Roberta Barreto, recebeu o Prêmio Francisco Alves, a escritora Marina Colasanti foi vencedora do Prêmio Machado de Assis e o publicitário Nizan Guanaes ficou com a Medalha Machado de Assis.
Mas talvez o maior prêmio de Guanaes tenha sido o beijo cinematográfico que lhe foi dado pela atriz e acadêmica Fernanda Montenegro. Foi digno daquela noite iluminada.
Na saudação, que não pôde ser lida, Nizan se disse surpreso com essa homenagem. “Eu também me sustento na língua portuguesa. A diferença é que vocês transformam o simples em profundo. O que vocês fazem por nós, mortais, é alimento, é pão. Eu vivo de contar histórias em 30,60 segundos. Somos levados a exercitar o poder da síntese. Encerro com um slogan criado pelo redator publicitário, vosso colega Fernando Pessoa, que escreveu para a Coca-Cola um slogan que, para mim, é definitivo: “No poder da síntese, Coca-Cola no princípio, estranhas depois entranhas. Grato, Academia, contem comigo sempre.” Guanaes comparou o seu trabalho à venda de pão.
Nizan recebeu inúmeras mensagens, com o reconhecimento pelo seu belo trabalho na publicidade brasileira.
Depois, foi homenageada com o Prêmio Francisco Alves a educadora Roberta Barreto. Para receber a honraria, o Estatuto da ABL exigia que ela tivesse produzido monografias sobre o ensino elementar. Isso foi cumprido com brilho e surgiram várias manifestações da Secretária de Educação do Rio de Janeiro, nessa área. O seu prêmio, alcançado por unanimidade, foi concedido pela ABL depois de alguns anos em que a Casa de Machado de Assis não se manifestou sobre a matéria.
Finalmente, numa noite estrelada, a ABL concedeu sua maior láurea à escritora Marina Colasanti, pelo conjunto da obra literária. Ela venceu o Prêmio Machado de Assis com amplos méritos. Tem obras na literatura de modo geral e mais especificamente na literatura infantil, onde brilhou intensamente.