Aos 97 anos de idade, o sociólogo Nelson Mello e Souza demonstrou estar em plena forma. Ao falar ao Conselho de Notáveis da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, fez brilhante digressão sobre as perspectivas de uso da Inteligência Artificial. E seus riscos naturais.
O assombro a que ele se refere pode ser a velocidade com que a tecnologia se manifesta. É mesmo incrível. Fiz diversos testes e também fiquei impressionado com o retorno imediato. Mas aí entra o que chamamos de “verdade”. As respostas são ainda confusas e muitas vezes mentirosas. Isso nos leva a tomar sérios cuidados com os conhecimentos difundidos pela nova tecnologia.
Não adianta afirmar que a IA pode resolver problemas intrincados em segundos se eles não são plenamente confiáveis.O orador referido afirmou que “o uso da IA pode ser trágico para a espécie humana, o que nos leva a grandes preocupações”. Pelo andar da carruagem, deve-se concluir que uma nova ética é necessária, para acompanhar os passos desse progresso tão festejado.
Com data de 19/7, o “Correio Braziliense” publicou uma boa matéria intitulada “Forças Armadas não são gangorra em disputas ideológicas”, elaborado com a competência de sempre pelo General Otávio Rêgo Barros. Só que, por um desses mistérios, saiu o meu nome como autor, o que não é verdade. Concordo com os seus termos, sobretudo o final, quando afirma que “ a sociedade brasileira deseja assegurar que as Forças Armadas não devem ser gangorra para disputas ou reconstruções ideológicas”.
Aproveito a oportunidade para afirmar que sou francamente favorável a que as Forças Armadas se atenham à sua destinação e cuidem da defesa intransigente da nossa Constituição. Não devem se meter na política partidária, pois não é esse o seu destino. Extrapolar da sua nobre missão é procurar sarna pra se coçar, quando se sabe que já são muito específicos e relevantes os caminhos a percorrer.
No cumprimento do seu trabalho, as Forças Armadas precisam estar municiadas de toda a tecnologia moderna, que deve ser colocada à sua disposição. Para isso têm o Instituto Militar de Engenharia, por exemplo, que realiza esforço notável de valorização da nossa ciência e tecnologia. Como na Marinha existe o CIAW, na Ilha das Enxadas.