A tragédia do casamento líquido

O capítulo 5 do livro de Provérbios é todo dedicado às tentações que podem comprometer o matrimônio, particularmente adverte em relação ao adultério. A autoria inspirada, vem demonstrando a importância do autocontrole para que o indivíduo não se deixe seduzir por uma terceira pessoa e assim não coloque seu lar a perder.

Cada palavra é certa e precisa, um tratado sobre domínio próprio e uma contundente advertência sobre os riscos de não dominar seus próprios impulsos.

Essa passagem nos faz refletir para além do adultério e nos instiga a pensar sobre os próprios pilares do matrimônio à luz de nosso tempo.

A verdade é que atualmente a sociedade estimula as relações fluidas. Na “Realidade Líquida” que domina o presente, conforme caracterizado pelo importante sociólogo Zygmund Bauman, os casamentos tornaram-se apenas “momentos”: neste momento estou solteiro, no momento seguinte casado com A, no momento mais à frente casado com B,…

A estabilidade deixou de ser preceito, agora a regra é a mudança e dentre todas vacilações encontramos a fluidez com que as pessoas se relacionam intimamente umas com as outras.

Vivemos uma época em que as emoções e a impulsividade governam os ânimos, de maneira que tudo se torna variante e instável. Não deveria ser assim. Especialmente quando se trata de matrimônio.

Na verdade, não é uma questão de querer, trata-se de um imperativo: o casamento é algo extremamente sério. O conúbio envolve uma das decisões mais sérias na vida de uma pessoa e que afeta em escala outros destinos.

Pois o casamento não envolve apenas duas pessoas, envolve três famílias, as dos cônjuges e a que surge com os filhos. São muitos destinos envolvidos na decisão do casal, por isso os dois não podem ser levianos. Pois o sucesso ou o fracasso de um relacionamento pode implicar no destino de muitas pessoas.

Dados mostram que filhos de pais divorciados tendem a ter um desempenho escolar pior do que o de lares estruturados. O afastamento de um dos pais cria lacunas emocionais irreversíveis na vida de uma criança. A dor emocional também atinge os pais quando são privados da presença de seus filhos, agravada pela insegurança em relação à exposição das crianças aos novos “relacionamentos românticos” do antigo parceiro ou parceira.

Isso sem contar os problemas patrimoniais gerados pelo desfazimento de uma relação matrimonial. Ou seja, um casamento desfeito não é uma coisa natural como nossa sociedade tenta demonstrar. Um divórcio é sim um evento catastrófico, pois é a ruptura de laços físicos e emocionais muito profundos e importantes, cujos resultados podem ser bastante graves para todos envolvidos.

Sendo assim, lembre-se das instruções do Altíssimo, leve-as a sério, coloque a decisão de se casar no patamar daquela decisão mais importante da sua vida. Não se guie por emoções fluidas, pense muito antes de decidir e o mais importante: ore e peça a direção de Deus!

Se você entregar a decisão nas mãos de Deus, não tenha dúvidas de que Ele colocará a pessoa certa no tempo certo na sua vida para que a partir daí seja de fato como deve ser, conforme Ele ordenou: para sempre uma só carne!




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