A ginástica de trampolim brasileira conquistou resultados inéditos na etapa de Baku da Copa do Mundo, no último domingo (19.02). Pela primeira vez na história, uma atleta do país conquistou o ouro individual em uma etapa da competição.
O feito coube a Camilla Gomes, que conseguiu 54.680 pontos na final. Alice Hellen também esteve na final e ficou bem perto do pódio, na quarta colocação, com a nota 52.120. A francesa Lea Labrousse levou a prata, com 53.970, enquanto Seljan Mahsudova, do Azerbaijão, obteve o bronze, com 52.910.
Logo depois, as duas brasileiras, que já foram líderes do ranking da Federação Internacional de Ginástica no sincronizado, foram campeãs nessa prova.
Com uma apresentação praticamente impecável, Camilla e Alice obtiveram a nota 46.340, suficiente para bater a forte dupla ucraniana, que ficou a 0.330 ponto do resultado das brasileiras. Em terceiro lugar ficou a dupla estadunidense (44.500).
“Fiquei muito feliz por poder trazer essas medalhas, não só no individual, mas também no sincronizado. São resultados históricos”, comemorou Camilla. “Na final do individual, fui a primeira a competir e fiz uma série muito boa. Com aquela nota, já esperava que poderia pegar uma medalha. Já estava bem feliz por ter terminado a prova me sentindo bem, com uma nota boa. A medalha de ouro foi uma realização completa”, contou.
O Brasil ainda se destacou na fase classificatória, quando Alice Hellen e Rayan Dutra conseguiram as melhores notas de execução. O ginasta do Minas Tênis Clube somou 15.900, enquanto Alice registrou 15.800. Por esse motivo, os dois atletas receberam premiação especial da FIG.
Para Tatiana Figueiredo, coordenadora da seleção brasileira de ginástica de trampolim, essas conquistas no Azerbaijão são um verdadeiro marco para a modalidade no Brasil. “São feitos importantíssimos porque comprovam que nossos atletas têm potencial para ir longe, alcançando excelentes resultados. Treinadores e árbitros de outros países nos parabenizaram. É muito importante ter esse reconhecimento internacional para as próximas competições internacionais”, avaliou.
Fonte: Confederação Brasileira de Ginástica