Caminhada histórica e turística comemora o dia internacional da mulher

Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o projeto “Caminhando pela História”, iniciativa da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) organizada pela Secretaria de Turismo (Setur) e Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), proporcionou uma volta ao passado, ao levar 20 pessoas para conhecer alguns pontos turísticos do Centro da cidade. O objetivo da ação era aguçar a curiosidade dos participantes em relação ao passado, relacionado a participação feminina na história das fábricas, ferrovias e dos trens ao longo do processo de desenvolvimento brasileiro. O roteiro buscou conscientizar a população sobre histórias ainda muito silenciadas e pouco contadas.

O passeio fez parte das atividades temáticas da campanha “Março, Mais Mulher, Mais Democracia”, que seguirá durante todo o mês. A atividade, com duração de cerca de duas horas, foi bem recebida pelas participantes.  As servidoras do Departamento de Memória e Patrimônio Cultural (Dmpac) da Funalfa, Denise Oliveira Santos e Carine Muguet, supervisora de Pesquisa e Educação Patrimonial, explicaram aos participantes, durante o trajeto, a importância de mobilizar cada vez mais pessoas para conhecerem melhor esses patrimônios de Juiz de Fora.

O percurso da caminhada teve início no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM). O público teve a oportunidade de acompanhar a última exposição que ficou em cartaz no ano de 2020, intitulada “Mulheres de Fibra”, que teve como foco alguns depoimentos, fotos e relatos de trabalhadoras da antiga fábrica têxtil Bernardo Mascarenhas. Em seguida, a caminhada seguiu para o Mercado Municipal e para o Museu Ferroviário.

A balconista Isabel Oliveira disse ter gostado muito do passeio. “Nunca tinha visitado aqui. Estou achando maravilhoso, muito bonito o ambiente. Sou juiz-forana, mas nunca tinha ouvido falar do Museu Ferroviário” disse ela. Lembrou que seu filho de oito anos também ficou encantado, pois nunca tinha chegado tão perto de uma locomotiva. “Ele está impressionado com o que está vendo durante a caminhada. Também estou achando muito legal conhecer a história das mulheres que trabalharam nas fábricas, isso ajuda as mulheres a se enxergarem e valorizarem mais”, afirmou Isabel.

Já a  aposentada Maria das Graças Fernandes, nascida em Juiz de Fora, mas que hoje reside no Rio de Janeiro, ressaltou que é a primeira vez que faz parte da caminhada.  “O passeio está sendo muito interessante, pois com 14 anos eu trabalhei em uma fábrica de tecidos. Foi o meu primeiro emprego. Estou fazendo uma viagem no tempo, lembrando da minha juventude através dos depoimentos e das fotos que fazem parte da exposição ‘Mulheres de Fibra’”, disse Maria das Graças.




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