Mostra sobre apagamento da memória urbana segue em cartaz no Teatro Paschoal

Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), reunindo dez miniaturas do arquiteto Felipe Macedo e 15 telas do artista plástico Ramón Brandão, a mostra “Memórias de Juiz de Fora” permanece em cartaz até o dia 11 de março, na Galeria Ruth de Souza, do Teatro Paschoal Carlos Magno, localizado na Rua Gilberto de Alencar, atrás da Igreja São Sebastião – Centro. Gratuita e livre para todos os públicos, a exposição pode ser visitada de terça a domingo, das 9h às 21h.

 

“Memórias de Juiz de Fora” foi originalmente criada para compor o Circuito FoFo (Fora da Folia), organizado pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) como programação paralela ao carnaval. Os quadros e as maquetes transportam o espectador para paisagens urbanas que atualmente só existem nos registros imagéticos e nas memórias dos que chegaram a conviver com os imóveis escolhidos pelos artistas. O objetivo é promover reflexões sobre o apagamento da paisagem urbana.
Embora sejam de gerações diferentes e utilizem técnicas também distintas, Ramón Brandão e Felipe Macedo têm em comum o olhar para o passado. “Na incontinência dos ‘avanços’, na pressa quase irrefreável de um futuro que teima em não trazer consigo a história, os artistas param a roda do tempo e, através de suas artes, nos presenteiam com pequenas janelas, máquinas do tempo”, afirma o jornalista Ricardo Martins, que assina a curadoria da exposição, junto com Yara Rosário.
As maquetes de Felipe Macedo, que pertencem ao conjunto intitulado “Cidade Oculta”, refletem a paixão antiga do menino pelas memórias sociais. Formado pela UFJF, o arquiteto nos lembra da necessidade contínua do engajamento em educação patrimonial. Já Ramón Brandão, afinando seu estilo moderno na escola realista norte-americana, sempre bebeu na fonte das antigas arquiteturas, dos ferros-velhos e dos lugares abandonados.
Entre as construções retratadas pelos artistas estão a Tecelagem Santa Cruz, o antigo prédio do Colégio Stella Matutina, o “Chalé da Rio Branco” e a sede da biblioteca municipal, que ficava no Centro do Parque Halfeld.

 




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