Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), a prefeita Margarida Salomão abriu oficialmente o Carnaval 2023 de Juiz de Fora, nesta sexta-feira, 3, com a inauguração da mostra “Outros Carnavais”, no Espaço Cidade, localizado no Paço Municipal – Avenida Rio Branco 2.234 – Parque Halfeld. Durante entrevista coletiva, ela lembrou que Juiz de Fora chegou a ter sua Folia de Momo classificada como uma das melhores do país. “Considero que este é um carnaval de retomada. A cidade merece uma festa à altura de sua cultura, à altura de suas tradições e da vibração de seu povo”.
Margarida fez questão de destacar que a folia é construída de forma coletiva e apontou a participação de várias secretarias municipais, cujos titulares estavam presentes no evento. A diretora-geral da Funalfa, Giane Elisa Sales de Almeida, destacou que a festa movimenta a economia solidária, ao mesmo tempo em que mexe com os sentimentos e as subjetividades das pessoas, representando o direito à alegria e à cidade. Lembrando que o carnaval deste ano começou a ser discutido, de forma coletiva, em 2021, ela apontou, entre as inúmeras inovações da folia, o esforço de profissionalizar a festa, com a contratação de uma produtora para executar o carnaval de rua e das escolas de samba. Giane Elisa também defendeu o retorno da folia para o calendário oficial. “É uma medida importante para realocar Juiz de Fora no circuito das grandes festas carnavalescas no Brasil”.
Fernando Tadeu David, secretário de Mobilidade Urbana, afirmou que, para viabilizar a festa, são necessários desvios, interdições e mudanças no transporte coletivo, mas garantiu que todo esforço está sendo feito no sentido de minimizar os transtornos na rotina urbana. Titular da pasta de Segurança Urbana e Cidadania, Letícia Delgado ressaltou a importância da parceria com as forças de segurança pública, principalmente PM e Bombeiros.
Aline Junqueira, que responde pela Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas, informou que, nos blocos, os ambulantes poderão comercializar seus produtos sem necessidade de cadastro prévio, licença ou taxas. “Compreendemos que esse é um momento de dificuldade para todos e que o carnaval é uma oportunidade para geração de renda. Então, nossa intervenção se dará no sentido de ordenar esse comércio popular, apontando os locais específicos onde os vendedores poderão ficar. Já na Passarela do Samba, vamos credenciar ambulantes para as áreas de concentração e dispersão, enquanto a pista de desfiles será de responsabilidade da Liga Independente das Escolas de Samba”.
Biel Rocha, secretário Especial de Direitos Humanos, pontuou que esse é um momento muito esperado para extravasar a alegria e se divertir, mas ressaltou que é possível fazer tudo isso sem ofender ninguém. “Nossa equipe estará nas ruas para conversar e orientar as pessoas que assédio, racismo, homofobia e injúria racial são crimes. Além disso, vamos distribuir insumos e dar orientações também sobre as infecções sexualmente transmissíveis”.
O secretário de Turismo, Marcelo do Carmo, informou que a pasta está preparando uma pesquisa para levantar informações importantes, que poderão subsidiar ações futuras. “Os questionários serão aplicados em diversos dias, horários e locais.” Já Ignacio Delgado, titular da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação e Competitividade, segue trabalhando o conceito da economia criativa que tem a folia como propulsora.
Sobre os ingressos para os desfiles competitivos das escolas de samba, que acontecerão nos dias 20 e 21, na Passarela do Samba, na Avenida Brasil, a diretora-geral da Funalfa informou que as vendas serão coordenadas pela Liga Independente das Escolas de Samba de Juiz de Fora (Liesjuf). A expectativa é de que a comercialização tenha início na próxima semana, de forma on-line e também com um posto presencial no Espaço Cidade.