“Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem” (Provérbios 3: 11, 12).
O pai que pretende educar o filho deve estar disposto a dizer muitos “nãos”. Isso por uma razão muito simples: a educação passa por desenvolver o senso de conveniência, pois nem tudo o que se “quer” é aquilo que se “deve”.
O pai que não coloca limites aos impulsos desejosos dos filhos, não os prepara para a vida, não os ensina a controlarem-se, não os conduz a compreender que antes de praticar é necessário avaliar cuidadosamente as consequências de seus atos.
Pois é assim que Deus age conosco, sendo Pai, Ele educa estabelecendo limites:
“Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Pois, qual o filho que não é disciplinado por seu pai?” (Hebreus 12: 7)
As Escrituras são exatamente as balizas destes limites. Ali estão registradas as lições do nosso Pai celestial:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2 Timóteo 3: 16, 17).
Portanto, quando nos deparamos com “proibições” inconvenientes, devemos observá-las como as palavras de um pai que fala ao seu filho algo como: “não suba ali porque é perigoso”; “escove seus dentes antes de dormir”; “esse alimento não é bom para você”, …
“Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados” (Hebreus 12: 11).
A criança quer subir porque é divertido, não quer escovar os dentes por preguiça, quer comer somente o que é mais saboroso… Cabe ao pai mostrar que nem tudo o que se deseja é conveniente que se faça. Da mesma maneira como ocorre conosco também na vida adulta: nós desejamos muitas coisas que não são convenientes! Cabe a Deus nos alertar para cada uma delas:
“O temor do Senhor é o princípio do conhecimento, mas os insensatos desprezam a sabedoria e a disciplina” (Provérbios 1: 7)
Assim como o filho que está sendo educado, muitos desses “nãos” que contrariam as nossas vontades são incompreendidos no primeiro momento, mas da mesma maneira como ocorre na Terra, a relação filial passa pelo temor e pela deferência. O respeito não está no medo do castigo, mas na confiança que se deposita na referência afetiva!
“O temor do Senhor ensina a sabedoria, e a humildade antecede a honra” (Provérbios 15: 33)
É porque o pai deseja bem que ele repreende e educa. É porque Deus é nosso Pai que devemos respeitar sem mágoas ou rebeldia as suas amorosas instruções que vêm da Palavra:
“Quem recusa a disciplina faz pouco caso de si mesmo, mas quem ouve a repreensão obtém entendimento” (Provérbios 15: 32)