A responsabilidade de aconselhar

“Dar resposta apropriada é motivo de alegria; e como é bom um conselho na hora certa!” (Provérbios 15: 23).

É uma responsabilidade muito grande dar conselhos. Se a pessoa busca em você o discernimento que por algum motivo não possui, é necessário refletir muito antes de falar. Pois se ela fizer conforme foi aconselhada e o resultado for ruim, o conselheiro torna-se corresponsável pelo fracasso.

O problema é que muitas vezes ocorre o contrário, o indivíduo que não tem nada a ver com a história, que nem foi consultado, procura ocasião para se intrometer na vida dos outros e opinar despudoradamente e sem qualquer responsabilidade com as consequências. Misericórdia! Jamais seja assim.

Por isso, considere duas coisas ao dar conselhos: primeiro, é óbvio, se não tiver certeza, não diga nada. É melhor não dizer do que tentar demonstrar uma sabedoria que não possui: “Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo” (Mateus 12: 36).

É lícito negar-se a assumir responsabilidades que não são suas: “Porque cada qual levará a sua própria carga” (Gálatas 6: 5).

“Meus irmãos, não sejam muitos de vocês mestres, pois vocês sabem que nós, os que ensinamos, seremos julgados com maior rigor” (Tiago 3: 1).

Segundo, antes de aconselhar, oriente a pessoa a buscar o discernimento em Deus, pois do Alto emana a sabedoria que o Pai distribui com prazer:

“Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida” (Tiago 1: 5).

Porém, se ainda assim se ver implicado e a pessoa insistir que você precisa opinar ou se a situação não der a chance de propor a consulta ao Divino, busque você mesmo as respostas no Pai

“Ensina-me o bom senso e o conhecimento, pois confio em teus mandamentos” (Salmos 119: 66).

Como a Bíblia nos orienta tratar com responsabilidade todos os negócios: “Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno” (Mateus 5: 37).

E se possuímos o dever que vem do amor:

“Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá. 4. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. 5. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. 6. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. 7. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13: 3-7)

Não calce-se tão somente no próprio conhecimento: “Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema ao Senhor e evite o mal” (Provérbios 3: 7).

Mas procure as orientações excelsas e só dê a ideia cujo resultado você seja capaz de bancar!




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