“E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou” (Romanos 8: 30).

A caminhada da fé envolve etapas. Primeiramente, Deus se faz conhecer quando ouvimos a Sua Palavra (Ef 10.17). A Palavra desperta a fé e com a fé vem a justificação dos pecados (Rm 3.24). Neste instante, apenas mediante a fé, sem obras, sem lei, sem qualquer esforço que possa criar uma falsa impressão de mérito pessoal no ato salvífico, Deus nos justifica (Rm 3. 27,28). Tão somente a fé em Jesus é suficiente para a obtenção da Salvação, porque ele se sacrificou em nosso lugar (Hb 10.14) e somos inteiramente dependentes de Deus (Jo 15.5).

A justificação é um ato gracioso do Altíssimo, que transforma o injusto em justo, que cancela a sentença condenatória e restitui o coração da pessoa dantes dominada pelo pecado (Rm 3.23-25).

Por isso, as escrituras dizem que a Salvação é pela graça mediante a fé, não vem de qualquer ser humano é dom de Deus (Ef 2.8). Porque é a fé que nos une àquele que tem todo o mérito: não nos salvamos a nós mesmos, é Cristo quem salva, apenas ele é capaz de nos proporcionar a nova vida.

Crendo em Jesus com o coração e confessando sua

majestade com nossos lábios (Rm 10.10), começamos algo novo. Esta mudança é celebrada na cerimônia do batismo na qual a pessoa submerge nas águas representando a morte com Cristo para a velha vida e reemerge representando a ressurreição com Cristo para a nova vida (Rm 6.4).

Mas o caminho não se encerra aqui. Ao contrário, como um bebê recém nascido, saímos das águas para aprender tudo de novo. Vamos tropeçar, ou seja, pecar, mas o pecado não é mais percebido como algo natural, ao contrário, ele incomoda, entristece, nos enche de vontade de não fazer de novo. A nova vida implica reaprender a desejar, pensar, falar, agir, relacionar. Pois o crente é uma nova criatura, uma nova identidade em relação àquele que desceu às águas (2Co 5.17).

Mas não estamos sozinhos nesta etapa desafiadora. Deus que é magnífico em bondade envia o Espírito Santo para habitar nos corações das pessoas que renasceram (1Co 6.19), para ensiná-las a compreender na Palavra tudo o que precisamos saber (Jo 14.26), para fortalecer na resistência em relação ao pecado e aumentar a vontade de ser uma pessoa melhor (Ef 1.13). É ele que nos faz entristecer com o pecado e a buscar forças para a justiça (Ef 4.30).

O caminho que se inicia então é o da santificação (Hb 10.10), é aqui que surge o interesse de fazer o bem. O crente não faz o bem para obter salvação, porque sabe que a Salvação é graça mediante a fé, a vontade de fazer o bem não é condição, mas gratidão (Ef 2.10). Queremos fazer o bem porque desejamos estar com Cristo não para que isso some pontos perante Deus (Ef 5.1). Como diz aquela frase: não somos salvos pelas boas obras, somos salvos para as boas obras.

Primeiro a fé, daí a justificação, então a santificação e, por fim, a glória.

O caminho da santificação é guiado pelo Espírito e tem a Cruz no horizonte e é nele que nos esforçamos para permanecer nos anos que restam aqui na Terra, até que, finalmente, a estrada finde e as portas da glória se abram.




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