Os atletas brasileiros mostraram a força do esporte nacional em Assunção, no Paraguai. Após 15 dias de disputas dos Jogos Sul-Americanos, a delegação do Brasil terminou em primeiro lugar no quadro geral de medalhas, com 319 pódios (133 ouros, 100 pratas e 86 bronzes).
Das medalhas conquistadas, 84% (268) contaram com a participação de esportistas apoiados pelo Programa Bolsa Atleta da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Considerando apenas as modalidades que estão no programa olímpico de Paris 2024, os bolsistas representam 87,5% dos pódios brasileiros.
A cerimônia de encerramento dos Jogos Sul-Americanos 2022, realizada no último sábado (15.10), contou com a presença do secretário executivo do Ministério da Cidadania, Luiz Galvão. “A delegação nacional mostrou, mais uma vez, a força e a garra dos brasileiros. O esporte vai além das medalhas, é a demonstração da cultura de um povo. O papel do governo é garantir as melhores condições para os atletas treinarem e disputarem as competições com tranquilidade”, destacou Luiz Galvão, mostrando o papel de iniciativas como a Bolsa Atleta.
O secretário especial do Esporte acrescenta que investir no esporte é investir no futuro das próximas gerações. “A nossa prioridade, o foco, é dar um apoio maior à base, porque antes, o investimento era concentrado no alto rendimento. Se a gente não consegue ter uma base forte, a gente não consegue ter um olimpismo forte”, completou Marcelo Magalhães.
Os Jogos contaram com a participação de 15 países, que lutaram por pódios em 53 esportes, dos quais 41 estão no programa dos Jogos Olímpicos Paris 2024. O Brasil termina em primeiro lugar no quadro geral da competição pela terceira vez na história. As outras vezes foram em 2002, quando sediou o evento nas cidades de Belém, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo, e em 2014, em Santiago, no Chile.
Em Assunção, o segundo lugar no quadro geral de medalhas ficou com a Colômbia, com 255 pódios (79 ouros, 78 pratas e 98 bronzes), seguida pelos atletas da Argentina, com 197 (58 ouros, 65 pratas e 74 bronzes).
Pan 2023
Os Jogos Sul-Americanos são estratégicos para os países do continente. Além de preparar uma nova geração de atletas para as grandes competições internacionais, o evento é a oportunidade para garantir vagas para os Jogos Pan-Americanos.
Assim, o torneio serviu como classificatório em 27 modalidades para os Jogos Pan-Americanos do ano que vem. Em Assunção, os brasileiros asseguraram para o país 114 vagas. O Brasil teve sucesso em esportes como o handebol feminino, nos dois naipes do polo aquático (ambos medalhistas de ouro) e no hóquei sobre a grama (bronze).
O chefe da missão e gerente-executivo de Alto Rendimento do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Sebastian Pereira, comemorou o desempenho dos atletas. “Conseguimos atingir os dois objetivos: liderar o quadro de medalhas e conquistar as vagas para o Pan. Conseguimos as 114 vagas, que são muito importantes. Algumas escaparam por pouco, mas vamos melhorar para chegar em Santiago com uma grande equipe, muito preparada. O Pan é um marco importante nesse ciclo de Paris. Quanto mais preparado nosso time estiver, melhor será pensando em Paris”, disse Sebastian.
Destaques
As mulheres foram responsáveis pela maioria das medalhas do Brasil em Assunção, tanto no geral (160 a 137) quanto no recorte de medalhas de ouro (68 a 54).
No Time Brasil, a modalidade que mais subiu ao pódio foi a natação. Os nadadores brasileiros mostraram a força das braçadas e trouxeram na bagagem 58 medalhas: 34 ouros, 16 pratas e oito bronzes.
Os grandes destaques do país nas piscinas foram de nadadores que recebem o Bolsa Atleta, exemplos de Giovanna Diamante, que subiu ao pódio dez vezes (oito ouros e duas pratas), e Stephanie Balduccini, que conquistou sete ouros e um bronze. Elas foram as duas maiores medalhistas no geral desta edição do Jogos.
A segunda modalidade que mais trouxe pódios foi o atletismo, com 14 medalhas de ouro, 13 de prata e 15 de bronze. O “pódio” das modalidades fechou com a ginástica artística, que terminou com dez de ouro, quatro de prata e uma de bronze.
O ginasta Caio Souza, que recebe o apoio federal do Bolsa Pódio, maior categoria do Bolsa Atleta, saiu com cinco medalhas, sendo quatro de ouro e uma de prata. Júlia Soares, bolsista do governo na categoria internacional, dominou as provas femininas com quatro ouros. Já a bolsista Carolyne Pedro também subiu ao pódio quatro vezes, levando dois ouros e duas pratas.
Os ginastas estarão, daqui a duas semanas, representando o país no Campeonato Mundial de Liverpool, importante disputa na preparação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Raio-x
A delegação brasileira contou com 459 atletas (237 homens e 222 mulheres), que disputaram 44 das 53 modalidades, oriundas de 34 esportes diferentes, na competição. Os XII Jogos Sul-Americanos contaram com a participação de mais de 6,8 mil atletas e oficiais dos 15 países que compõem a ODESUR (Organização Desportiva Sul-americana).
O Brasil subiu ao pódio em 41 modalidades: atletismo, badminton, basquete 3×3, boliche, boxe, canoagem velocidade, canoagem slalom, ciclismo bmx freestyle, ciclismo de pista, ciclismo mountain bike, esgrima, esqui aquático, ginástica artística, ginástica rítmica, ginástica de trampolim, handebol, hóquei sobre a grama, hipismo, karatê, judô, levantamento de peso, luta, maratona aquática, nado artístico, natação, pádel, patinação artística, polo aquático, remo, rugby sevens, saltos ornamentais, skate, squash, taekwondo, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo, vela e vôlei de praia.
A próxima edição dos Jogos Sul-Americanos será em 2026, nas cidades argentinas de Rosário e Santa Fé.
Fonte: Rededoesporte.gov.br, com informações do COB