Inspirada por 2018, equipe masculina de tênis de mesa busca repetir desempenho no Mundial

A espera acabou. Depois de quatro anos, o Mundial por Equipes de tênis de mesa volta a ser realizado a partir desta sexta-feira (30.09). Para a competição na cidade chinesa de Chengdu, a equipe masculina chega buscando repetir a grande atuação feita em 2018, quando o país fez história ao chegar às quartas de final, melhor campanha nacional de todos os tempos.

No Oriente, o Brasil terá representação em ambos os naipes. Entre os homens, a equipe é formada por Hugo Calderano, Vitor Ishiy e Eric Jouti, enquanto, entre as mulheres, as mesa-tenistas são Bruna Takahashi, Giulia Takahashi e Laura Watanabe.

No masculino, a seleção está no Grupo 6, ao lado de Portugal, Dinamarca e Eslováquia. O Brasil é um dos cabeças de chave, ao lado de potências como China, Alemanha, Japão, Coreia do Sul, Taipei, Inglaterra e Suécia.

E foi justamente em território sueco que o time verde e amarelo conseguiu um feito jamais realizado: ficar a um jogo das semifinais. Na ocasião, em Halmstad, o Brasil terminou na segunda colocação de um grupo com adversários complicados, como China, Portugal e República Tcheca.

Com a vice-liderança, o país avançou para as oitavas de final, em que eliminou a Croácia em um embate acirradíssimo com triunfo por 3 jogos a 2. Nas quartas, a equipe encarou a Alemanha, deu trabalho, mas acabou superada por 3 a 1. À época, o Brasil tinha quase a mesma formação atual. A diferença fica por conta da ausência de Gustavo Tsuboi na edição deste ano.

100% Bolsa Atleta

Os seis atletas que representam o Brasil no Mundial por equipes integram o Bolsa Atleta, programa de patrocínio direto a esportistas de alto rendimento da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Hugo Calderano, Vitor Ishiy e Bruna Takahashi integram a categoria Pódio, a principal do programa, voltada para atletas que se qualificam entre os 20 melhores do mundo em suas modalidades. Calderano frequenta o top 5 mundial individual há mais de três anos. Bruna e Vitor estão no top 20 das duplas mistas. Já Laura Watanabe, Eric Jouti e Giulia Takahashi integram a categoria Internacional do Bolsa Atleta.

Para repetir a história ou ir além, o time brasileiro conta com um elemento que cresce em campeonatos por equipes: Vitor Ishiy. Atualmente na 68ª posição do ranking da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), o atleta se torna um trunfo quando o coletivo mais precisa.

No Pré-Olímpico Latino de Equipes – em Lima, no Peru, em 2019, ele foi o responsável por fechar o embate entre Brasil e Argentina, que definiu quem iria aos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. No megaevento, o atleta também foi essencial. Na vitória nacional nas oitavas diante da Sérvia, ele, que estreava em Olimpíadas, foi novamente o responsável por encerrar e definir o confronto.

Vitor Ishiy também foi imprescindível para o título por equipes do país no Pan-Americano de 2021. Com esse retrospecto, o brasileiro está empolgado para mais uma competição coletiva. Ele lembrou os bons momentos que teve recentemente atuando em equipe.

“Estou feliz em participar do Mundial. É sempre muito bom poder representar o nosso país. Acho que no geral tivemos boas participações em competições por equipes. As minhas melhores lembranças são a classificação para as Olimpíadas na final contra a Argentina e a minha estreia olímpica contra a Sérvia”.

Feminino

No feminino, o país está no Grupo 3, ao lado de Hong Kong (cabeça de chave), França, Itália e África do Sul. O time nacional é formado por um esquadrão jovem, mas talentoso. A veterana do trio é Bruna Takahashi, que tem apenas 22 anos e é a 21ª melhor atleta do mundo. Bruna lidera o time completado pelas jovens Giulia Takahashi, de 17 anos, e Laura Watanabe, de 18.

Bruna já esteve em uma edição de Mundial por Equipes. Em 2018, em Halmstad – Suécia, ela compôs o time, que ainda tinha Luca Kumahara, Lin Gui e Jessica Yamada.

À época, ela era a caçula e tinha 17 anos, mesma idade da estreia de sua irmã, Giulia, no Mundial. Na ocasião, o Brasil finalizou na 20ª posição, quando não conseguiu avançar da primeira fase.

“Com certeza estarei mais madura, já se passaram quatro anos desde o último Mundial. Estou feliz com a nossa equipe com a Giulia e a Laura, um time que está vindo para o cenário internacional. Não vejo a hora de atuar com elas e ver como vai ser”, contou Bruna Takahashi, que falou sobre a sua preparação:

“Fiquei um bom período em São Paulo, treinando no São Caetano (clube o qual Bruna tem vínculo no Brasil) e tive alguns jogos recentes na Alemanha (na Europa, ela joga pelo TTC1946 Weinheim), então acredito que a minha preparação esteve no caminho correto para a disputa do Mundial”, completou.

A paulista conseguiu resultados expressivos em 2022. Ela chegou à terceira posição do WTT Contender Lima, em junho deste ano, igualando um feito que não era alcançado desde 2017 por brasileiras no Circuito Mundial. Além disso, um mês depois, se colocou no Top 8 do WTT Star Contender Budapeste, um dos principais campeonatos da modalidade na temporada.

Outra novidade no evento oriental fica por conta da estreia do treinador da Seleção Brasileira feminina, Hideo Yamamoto, em uma edição de Campeonato Mundial por Equipes. Ele assumiu o atual posto em dezembro de 2021, substituindo o atual embaixador do tênis de mesa no Brasil, Hugo Hoyama.

O campeonato em Chengdu, na China, começa nesta sexta-feira (30) e se encerra em 9 de outubro. O evento terá transmissão no Brasil pelo serviço de streaming Star+ (nas primeiras fases) e pela ESPN (a partir das oitavas de final).

Fonte: Confederação Brasileira de Tênis de Mesa




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