A tenista brasiliense Jade Lanai, de 17 anos, conquistou o título feminino de simples do US Open Junior em cadeira de rodas na tarde deste sábado, 10.09. Na decisão do Grand Slam norte-americano, um dos quatro torneios mais importantes da temporada, ela superou a japonesa Yuma Takamuro por 2 sets a 1, parciais de 7/5, 2/6 e 7/6 [10-5], em uma partida que durou mais de duas horas. Esta é a primeira vez na história que o Brasil fatura um título de Grand Slam no tênis em CR.
Além do troféu na chave de simples do US Open, Jade também foi campeã em duplas, ao lado da norte-americana Maylee Phelps, adversária que a brasileira derrotou na semifinal de simples na sexta-feira, 9.09. Juntas, na mesma equipe, elas derrotaram a britânica Ruby Bishop e a norte-americana Lily Lautenschlauger por 2 sets a 0: duplo 6/0.
Para Jade e Maylee chegarem à decisão, elas venceram a dupla formada pela japonesa Yuma Takamuro, derrotada pela brasileira na disputa do título na chave de simples, e a britânica Ellie Robertson. O jogo foi 2 sets a 0 (6/2 e 7/5) nesta sexta-feira.
O Brasil soma três aparições em decisões de Grand Slam em 2022. No último mês de junho, o catarinense Ymanitu Silva foi vice-campeão na chave de duplas em Roland Garros, na França. Na oportunidade, ele e o australiano Heath Davidson perderam para os holandeses Sam Schroder e Niels Vink por 2 sets a 0: duplo 6/2.
Após encerrar a participação no US Open, Jade, que é quarta no ranking de simples e líder no de duplas, agora vai compor o time brasileiro que disputa a Gira da América do Sul de tênis em cadeira de rodas, evento composto por quatro torneios que ocorrerão na Colômbia e Argentina, até dia 8 de novembro.
Jade começou a se destacar nas Paralimpíadas Escolares, principal competição entre crianças e jovens com deficiência no mundo. Sua primeira participação no evento organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) foi aos 12 anos. Ela é integrante da categoria Nacional do Bolsa Atleta, programa da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania voltado para dar suporte a atletas de alto rendimento.
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro