A educação continua sendo o meio pelo qual a sociedade transmite seus princípios e valores. Não existe, no entanto, um significado exclusivo para o que é a educação. Seus princípios variam conforme a época, o lugar, as circunstâncias, a concepção ideológica e política de um dado momento.
Aristóteles (384-322 a.C.), há 2.500 anos, em sua obra “Política”, já se preocupava com o problema da educação, admitindo que a sua prática, em vigor naquela época, era de perplexidade. Ninguém sabia sobre qual princípio deveria proceder: sobre a utilidade da vida? Sobre as virtudes? Ou seria sobre um conhecimento mais elevado? Considerava Aristóteles que, sobre esses três significados, não havia consenso, uma vez que as ideias divergiam sobre a natureza da virtude e, com isso, sobre a sua prática.
Não é de estranhar que idêntica perplexidade à percebida por Aristóteles preocupe aqueles que, ainda hoje, se dedicam à educação. Em tempos de incertezas e dúvidas, de qualquer ângulo que se considere o problema, a pergunta emergente será unívoca: “como educar para novos tempos”.
A tragédia sanitária que se abateu sobre o planeta, com o alastramento da Covid-19, impactou a forma como vivemos, acelerando mudanças que já estavam em curso, antes da pandemia. A grande tendência da educação é a inovação, com metodologias ativas.
O futuro das nações depende, atualmente, de duas transições: a digital e a economia de baixo carbono. O desenvolvimento econômico das nações estará vinculado à capacidade de se posicionarem diante deste novo conceito. Nesse sentido, o Brasil tem uma oportunidade inigualável de se consolidar como uma potência agroambiental.
Da mesma forma que as mudanças climáticas afetam negócios de forma negativa, elas também podem ser oportunidades de crescimento. Há inúmeras oportunidades para negócios, fora e dentro do agro, que atendem as demandas e necessidades da sociedade.
A contribuição do agronegócio na economia brasileira é fundamental. Ele é responsável por quase 27% do PIB nacional, 48% das exportações e 22% dos empregos gerados no país. Desponta, mundialmente, pelo potente desenvolvimento de modelos de agricultura digital, destacando-se como o quarto maior produtor agrícola, de forma geral, tendo a liderança na produção e exportação de ativos como suco de laranja, açúcar, café, carne e soja.
Ao observarmos a realidade do agronegócio brasileiro, porém, nos deparamos com um cenário desafiador, principalmente no que se refere a tecnologia e inovação. Apenas 2% das propriedades respondem por 71% do valor bruto da produção do agronegócio nacional.
A expansão do ensino agrícola, ajudando a levar tecnologia e assistência técnica ao pequeno produtor é fundamental para o aumento da produtividade em países como o Brasil, que possuem uma matriz energética mais limpa que a média mundial. Cabe à nossa sociedade fazer parte desta mudança, aproveitando todas as oportunidades deste novo cenário agroambiental.