“Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros” (1 João 4: 11).
Alguns pensam:
– por que devo amar ao próximo? Afinal, eu não devo nada a esta sociedade!
As relações humanas não são uma coisa simples. Via de regra, a sociedade, as pessoas, machucam e algumas feridas tornam indivíduos arredios, menos afeitos à empatia; fazem ficar até mesmo meio ranzinzas e desconfiados.
Talvezzna somatória, você tenha se deparado com mais gestos ruins do que bons, porém, pare para pensar: muitos dos desagravos que sofreu não te ajudaram a se tornar uma pessoa mais forte e resiliente? Afinal de contas, apesar dos pesares, você está aí de pé? Não é mesmo?!
Se pensarmos com calma, sempre encontraremos na memória recordações positivas dos gestos de bondade que nos beneficiaram, não é mesmo?! Aquela pessoa que encontrou um pertence seu e devolveu, aquele indivíduo que te ajudou naquela situação difícil, aquele desconhecido que te fez aquele favor,…
Ora, mesmo com tudo de ruim, há tanta coisa boa, não é mesmo?! Tantos gestos merecedores de gratidão. Mas por que então as recordações ruins falam tão mais alto aos nossos corações? O fato é que talvez nós sejamos os responsáveis por isso. Talvez estejamos apontando um holofote para as coisas ruins e deixando as boas na penumbra. Pense nisso!
De fato, não devemos amar os outros porque recebemos qualquer coisa das pessoas, não podemos pensar que o amor ao próximo é uma espécie de retribuição, uma troca entre pares. Pois é bem verdade que somos devedores de muito amor, carinho e afeição. Mesmo que a vida tenha sido difícil até aqui, para cada desagravo fomos favorecidos por outras tantas bênçãos.
Que tal agora passar a considerar só as coisas boas, e ir descartando as ruins? Que tal viver as bênçãos do presente e deixar o passado passar? Que tal realçar cada gesto de generosidade e se desligar das afrontas? Quem sabe não seria uma boa, parar de se importar um pouco com a maldade e dar total atenção à bondade?
Faça esse teste, mesmo que não sejamos devedores da sociedade, você verá que Deus coloca constantemente pessoas boas no seu caminho. Às vezes nos falta tão somente enxergar.
Agora, se ainda assim não for possível ver beleza na humanidade, mesmo assim, ame. Não porque alguém te amou, mas porque Deus está te pedindo este gesto de desprendimento. O Altíssimo não nos pede absolutamente nada por acaso; tenha certeza de que, no futuro, esta decisão fará todo o sentido que agora talvez não faça.