O poder da Palavra de Deus II

“As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas” (2 Coríntios 10: 4).

Estamos vendo que a Palavra de Deus é a arma mais poderosa do universo, imbatível nas lutas espirituais, e hoje contemplaremos o próprio Jesus Cristo nos demonstrando como utilizá-la.

Leia com muita atenção e aprendamos com o Mestre:

“ENTÃO foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mateus 4: 1). No início de seu ministério, Cristo foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado, esta era uma parte importante na preparação para cumprir a missão que Deus lhe havia confiado.

“E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães” (Mateus 4: 2,3).

Veja que Jesus ficou jejuando 40 dias, e foi no momento em que se encontrava mais fadigado que o Diabo lhe apareceu. Observe como ele é astuto (Ef 6.11), aproveitando-se da ocasião, apareceu oferecendo o que Jesus mais precisava, comida. E é exatamente assim que o inimigo age, sempre sondando o melhor momento para fazer a oferta mais tentadora.

“Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4: 4). Perceba como Jesus responde ao Diabo que o incitou a usar o poder divino para saciar-se. O Mestre não usa das próprias palavras, mas busca a resposta nas Escrituras e cita o texto de Deuteronômio 8.3.

“Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra” (Mateus 4: 5, 6).

O Diabo percebendo que Jesus usara a Escritura, também pôs-lhe um desafio citando um trecho do Salmo 91, porém Jesus retruca com a ‘Espada da Palavra’: “Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus”  (Mateus 4: 7)

Jesus não apenas havia lido e memorizado as Escrituras, ele havia estudado e sabia que um trecho descontextualizado não reflete a intenção de Deus, por isso, imediatamente, Cristo se defende com Deuteronômio 6.16 demonstrando que antes que Deus envie seus anjos, cabe a cada um fazer a sua própria parte.

“Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares”  (Mateus 4: 8, 9).

O Diabo insiste. Ele é exatamente isso, um insistente. E não vendo chance de vitória, apela. Neste caso, ofereceu tudo o que possui, o poder sobre o mundo que lhe foi entregue no momento em que Adão tomou a decisão de pecar, para tentar uma última vez dobrar o Filho de Deus, que então desfere-lhe o derradeiro contra-ataque:

“Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o diabo o deixa (Mateus 4: 10, 11a).

Jesus, percebendo a fraqueza do adversário que colocara todas as cartas na mesa, ordena que saia e cita Deuteronômio 6.13 confirmando sua fidelidade ao Pai. O Diabo então, não encontrando forma de fazê-lo pecar, deixa a cena humilhado.

“e, eis que chegaram os anjos, e o serviam” (Mateus 4: 11b). Veja que o Salvador primeiro lutou e depois foi servido. Deus vence as nossas batalhas, mas não nos exime de lutá-las.  Ele vence CONOSCO e não por nós:

“O SENHOR, pois, é aquele que vai adiante de ti; ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará; não temas, nem te espantes” (Deuteronômio 31: 8).

Jesus Cristo nos mostra que quando atormentado pelo Diabo devemos ir à luta, não com as nossas forças, mas com a arma que Deus nos deu, a Sua poderosa Palavra.




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