A história do Êxodo do povo Hebreu narrada na Bíblia é bastante conhecida. Com grandes demonstrações de poder, Deus envergou o Faraó e colocou seu povo em marcha para fora do Egito: “Então disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem” (Êxodo 14: 15).

O episódio mais conhecido é a fantástica abertura do Mar Vermelho, fato que serve para nos ensinar que, para aqueles que confiam em Deus, não existem obstáculos: “Mas os filhos de Israel foram pelo meio do mar seco; e as águas foram-lhes como muro à sua mão direita e à sua esquerda” (Êxodo 14: 29).

Mas a Bíblia também nos conta que, após ser liberto do jugo da escravidão (Ex 14.13), atravessar o mar a pé (14.15-31), receber comida do céu (Ex 16.1-36), ver brotar água da rocha (Ex 17.1-7) e vencer inimigos muito mais fortes (Ex 17.8-16), parte do povo vacilou, mostrando ingratidão vez após outra:

“Lembra-te, e não te esqueças, de que muito provocaste à ira ao SENHOR teu Deus no deserto; desde o dia em que saístes da terra do Egito, até que chegastes a esse lugar, rebeldes fostes contra o SENHOR” (Deuteronômio 9: 7).

Como que se rapidamente esquecessem das maravilhas que presenciaram, quando confrontados a um obstáculo, murmuravam e praguejavam.

Uma vez: “E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?” (Êxodo 15: 24)

Duas vezes: “E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão no deserto” (Êxodo 16: 2).

Três vezes: “Tendo pois ali o povo sede de água, o povo murmurou contra Moisés, e disse: Por que nos fizeste subir do Egito, para nos matares de sede, a nós e aos nossos filhos, e ao nosso gado?” (Êxodo 17: 3)

Várias vezes: “E todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito! Ou quem dera tivéssemos morrido neste deserto!” (Números 14: 2)

Alguns chegaram a afirmar querer voltar para o Egito… podem não ter retornado fisicamente, mas o fizeram no coração: “Ao qual nossos pais não quiseram obedecer, antes o rejeitaram e em seu coração se tornaram ao Egito, (Atos dos Apóstolos 7: 39).

Os que se mostraram ingratos e persistiram murmurando acabaram ficando pelo caminho:

“Neste deserto cairão os vossos cadáveres, como também todos os que de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes” (Números 14: 29).

O resultado da falta de gratidão e fé foi que nem voltaram, nem avançaram, acabaram ficando pelo deserto, padecendo no caminho entre o Egito e Canaã:

“E que todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz, Não verão a terra de que a seus pais jurei, e nenhum daqueles que me provocaram a verá” (Números 14: 22, 23).

Não podemos agir como aquelas pessoas, devemos olhar para trás, para o que passou, com o único propósito de lembrar o que Deus já fez por nós:

“Bendiga ao Senhor a minha alma! Não esqueça de nenhuma de suas bênçãos! (Salmos 103: 2).

A memória do que ficou para trás só serve para ali encontrar os motivos da certeza de que os embaraços do presente não são motivo para perder a fé:

“Nossa esperança está no Senhor; ele é o nosso auxílio e a nossa proteção. Nele se alegra o nosso coração, pois confiamos no seu santo nome. Esteja sobre nós o teu amor, Senhor, como está em ti a nossa esperança” (Salmos 33: 20-22).




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