Mateus 18: 3. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus. – Bíblia ACF
Nessa passagem Jesus Cristo recorre à imagem que temos em mente do que significa ser uma criança para compreender como as pessoas que entrarão no Reino dos Céus devem ser.
Três características de uma criança são a inocência moral, a disposição para aprender com quem as instrui e a humildade:
“DEIXANDO, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo; Se é que já provastes que o Senhor é benigno” (1 Pedro 2: 1-3).
Ser criança, não significa ser insensato, significa retornar ao estágio de liberdade em relação ao contágio moral: “Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento (1 Coríntios 14: 20).
Ser criança é considerar-se um aprendiz, é possuir um coração aberto para receber as instruções do Alto:
“Naquela mesma hora se alegrou Jesus em espírito, e disse: ‘Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve’” (Lucas 10: 21)
Ser crianças é possuir a humildade da dependência: “Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus” (Mateus 18: 4).
Quando Jesus Cristo nos exorta a sermos como crianças, o Mestre está nos ensinando que é preciso abandonar os pressupostos que aprendemos no mundo para recomeçar a compreender o significado e a razão de todas as coisas.
Como crianças, devemos superar o que aprendemos a ser para retornar às primeiras lições: como andar, como alimentar, o que se pode e o que não se pode fazer… Pois, por melhor que tenha sido a educação recebida dos pais, existe uma outra “educação” bastante pervertida que recebemos da sociedade que nos enreda.
Nosso desafio é nos entregar a Deus como filhos dependentes dos pais, somente assim, podemos enxergar o significado do Reino de Deus: “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3: 3).
Quem se assemelha a uma criança na inocência, credulidade e humildade, este sim possui os requisitos para alcançar a cidadania celestial: “Então disse Jesus: ‘Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas’” (Mateus 19: 14).