Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora, nesta quarta-feira, 18, membros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Juiz de Fora (CMDCA-JF) distribuíram folders educativos no Parque Halfeld, dando continuidade à sua programação para o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado hoje. A iniciativa tem como objetivo esclarecer a sociedade sobre os direitos desta parcela da população, bem como divulgar os serviços de denúncia.
A vice-presidente do CMDCA, Raquel Gaio, lembrou que, em 2021, foram registradas cerca de 100 mil denúncias de violação de direitos contra crianças e adolescentes. Dessas, 18 mil foram de violência sexual. “Com esta ação, queremos ajudar a sociedade a mudar sua mentalidade em relação à criança e ao adolescente. É preciso acabar com esta percepção deles enquanto objetos, pois eles são sujeitos de direito, promotores da própria história. Importante também não duvidar dos seus relatos, pois o abuso vai muito além de um ato sexual”, afirmou.
Origens da data
Em 18 de maio de 1973, uma menina de oito anos de idade, chamada Araceli, foi sequestrada e morta em Vitória, no Espírito Santo. No ano de 1991, os três acusados de matar a jovem foram absolvidos e o crime segue impune até hoje.
Após a mobilização de entidades, surgiu a ideia de criar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual e Comercial de Crianças e Adolescentes. A data sugerida foi 18 de maio, dia do assassinato de Araceli, que, em 2000, foi oficializada em todo o território brasileiro.
Foi criada então a campanha “Faça Bonito – Proteja Nossas Crianças e Adolescentes”, que tinha como símbolo uma flor de cor laranja. Assim, o mês de maio também ficou conhecido como “Maio Laranja”.