Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora, no dia 28 de abril é comemorado o “Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho”. Para dar o merecido destaque à data, a Secretaria Municipal de Saúde (SS), da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), através de seu Departamento de Vigilância à Saúde do Trabalhador (Dvisat), Conselho Municipal de Saúde e a Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador (Cistt), realizou uma mesa de debate, em modalidade híbrida, com o tema “Informação em Saúde, Vigilância e Cuidados com os trabalhadores no mundo do trabalho atual. Qual cidade queremos?”.
O evento, realizado no Teatro Paschoal Carlos Magno, celebrou esta data tão significativa e simbólica, como forma de criar uma cultura local de resistência e de valorização. Segundo o secretário de Saúde, Ivan Chebli, “neste momento e conjuntura política e econômica que vivemos, onde milhões perderam seus empregos, precisamos de uma proteção do Estado e, daqui pra frente, competem a Secretaria de Saúde e a sociedade, promover a saúde do trabalhador e intensificar a vigilância nos ambientes de trabalho, evitando lesões e óbitos, que infelizmente acontecem em números absurdos nesse país por falta de punição.”
A data é celebrada em homenagem a dezenas de trabalhadores que morreram com a explosão de uma mina no Estado da Virgínia, nos EUA, em 1969. De acordo com a Gerente do Departamento de VIgilância à Saúde do Trabalhador, Ivone Garcia é importante sempre lembrar que “o trabalho não existe para matar, para adoecer. Muito pelo contrário, ele existe para garantir dignidade, sobrevida com qualidade, saúde, alegria, prazer, felicidade e direito de consumo. O dia 28 de Abril tem esse peso, esse valor e não podemos deixar isso ser esquecido”.
Componente da mesa, Robson Marques, Secretário Geral do Sindicato dos Bancários e representante do Cistt, parabenizou a Prefeitura e a SS, através da prefeita Margarida Salomão e do Secretário Ivan Chebli, pela iniciativa do evento que, “demonstrou que o executivo possui sensibilidade e atenção aos anseios dos trabalhadores de Juiz de Fora, permitindo que a classe trabalhadora e as entidades sindicais possam refletir sobre a saúde laboral, que está invisibilizada. Para que entendam que o trabalho não pode gerar doenças, não pode gerar mortes.”
O Professor do Instituto de Medicina Social da UERJ e pesquisador do Centro de Estudos Republicanos Brasileiros (Cerbras/UFMG), Ronaldo Teodoro, participou remotamente e também parabenizou a organização pela iniciativa do evento, “que o trouxe uma grande responsabilidade, que é fazer uma reflexão tão importante como esta, tentando visitar alguns dos desafios necessários ao enfrentamento a esse vínculo frágil ainda entre as lutas do trabalho e as lutas da saúde”.