Parceria entre Prefeitura e Penitenciária promove reciclagem de isopor

Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora, o isopor é um dos materiais que leva maior tempo para se decompor no meio ambiente. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ele pode levar até 400 anos para se deteriorar, trazendo grandes prejuízos à natureza quando descartado indevidamente. Pensando nisso, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) vem buscando meios de reduzir o descarte incorreto de isopores na cidade. Uma das ações está sendo feita na Penitenciária de Juiz de Fora I – José Edson Cavalieri (Pjec), onde os presos, sob orientação do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb), começaram a higienizar os marmitex após as refeições para que, posteriormente, eles sejam destinados às associações de catadores de resíduos recicláveis.

No local, são descartados, aproximadamente, 1.600 marmitex por dia, que fazem parte do almoço e jantar dos detentos. Após serem lavados, eles são colocados para secar e acondicionados em bags para serem entregues pelo Demlurb às associações de catadores conveniadas com o município. Um quilo de isopor pode ser vendido a cerca de R$ 1,00, podendo variar para mais, agregando renda aos catadores e, consequentemente, promovendo a sustentabilidade, já que o material recebe a destinação correta.

A engenheira ambiental e assessora do Demlurb, Victória Abrahão, explica que “apenas 34% do isopor consumido no Brasil é reciclado, por isso, é necessário estimular o reaproveitamento desse material”. Victória ressalta que “o isopor pode ser transformado em rodapés, guarnições, rodameios, rodatetos, revestimentos, decks, entre outros”, e frisa que “não é possível reciclar o isopor que contenha gesso, cola, etiquetas, terra, tinta, alimentos sem higienização, por exemplo”.

A subdiretora de Humanização e Atendimento da Penitenciária de Juiz de Fora I – José Edson Cavalieri (Pjec), Lucinda Monteiro Noujaim Tavares, afirma que o objetivo é fazer com que o projeto se estenda para todo o complexo penitenciário do município. “A Pjec é o prédio principal, que engloba também o Anexo Feminino Eliane Betti e o Centro de Ressocialização (CR), que é masculino. A princípio, nós iniciamos esse projeto apenas com as marmitas do prédio principal. Agora, que conseguimos firmar essa ação, nós vamos estender para o anexo feminino e depois para o CR. Quando conseguirmos realizar a reciclagem em toda a Pjec, ou seja, nos três prédios, nós pretendemos entrar em contato com a direção da Ariosvaldo Campos Pires, que se trata de outra Unidade, a Penitenciária de Juiz de Fora II, para realizarem também a reciclagem”.

A reciclagem do isopor apresenta uma série de vantagens, como impactos positivos ao meio ambiente, diversidade de produtos transformados, sustentabilidade e geração de serviços para catadores de materiais recicláveis. O volume do material recolhido por associações de catadores da cidade ainda é baixo, mas com o descarte consciente de cada pessoa é possível transformar essa situação.




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