“E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido” (Gálatas 6: 9).
Jesus nos deixou muitos exemplos de bondade. Algumas vezes, ele foi além dos limites de seu tempo para nos legar o caminho da justiça.
Segundo a Lei de Israel da época em que Cristo habitou aquela terra, a pessoa que tocasse em um cadáver era considerada impura: “Aquele que tocar em algum morto, cadáver de algum homem, imundo será sete dias” (Números 19: 11).
Presumimos que as pessoas evitassem ao máximo tocar em cadáveres, provavelmente, aqueles que acompanhavam cortejos fúnebres e enterros nem chegavam perto do morto para não serem “contaminadas”.
Conhecendo o ser humano, presumimos que as pessoas que agiam contra essa regra tornavam-se motivo de fofoca e objeto de censura pelos demais.
Conhecendo esse pano de fundo, observemos Jesus Cristo: “Logo depois, Jesus foi a uma cidade chamada Naim, e com ele iam os seus discípulos e uma grande multidão. Ao se aproximar da porta da cidade, estava saindo o enterro do filho único de uma viúva; e uma grande multidão da cidade estava com ela” (Lucas 7: 11, 12).
Imagine a situação daquela viúva. Já não tinha marido, agora perdera o seu único filho. Sua dor deve ter sido atroz, além disso, sabemos que, naquela época, a mulher sozinha ficava desamparada, nada podia fazer para se sustentar a não ser depender de favores ou mendigar.
“Ao vê-la, o Senhor se compadeceu dela e disse: ‘Não chore’” (Lucas 7: 13). Jesus ao ver aquela situação se comoveu e consolou a pobre viúva. Não sabemos se foi coincidência, se o Mestre já sabia o que encontraria naquele dia, naquele caminho, porém, seja como for, o Salvador moveu-se de compaixão, a confortou e não parou por aí: “Depois, aproximou-se e tocou no caixão, e os que o carregavam pararam (Lucas 7: 14a).
Jesus “tocou” no caixão! Imagino que nessa hora parte da gente que acompanhava o cortejo fúnebre e mesmo alguns da multidão que o seguiam devem ter começado a julgá-lo, falando mal dele:
– como assim, esse homem tocou no defunto! Imundo! Impuro!
Cristo, porém, não se importou com o que iam falar dele, pois fazer o bem, isso é o que importa.
“Jesus disse: ‘Jovem, eu lhe digo, levante-se!’ Ele se levantou, sentou-se e começou a conversar, e Jesus o entregou à sua mãe” (Lucas 7: 14b). O Salvador não se importou com as opiniões maldosas, para ele importava mais salvar aquela mãe da dor restaurando a vida do filho. Importava dar mais uma oportunidade para aquele jovem desfrutar da vida aqui na Terra e, quem sabe, corrigir-se para alcançar a eternidade.
Seja como Jesus, não se importe com o juízo maldoso dos outros, esteja à frente de seu tempo e ao largo da opinião alheia, pois sendo bom, suas obras falarão por si mesmas. Assim como ocorreu nos tempos do Cristo:
“Todos ficaram cheios de temor e louvavam a Deus. ‘Um grande profeta se levantou entre nós’, diziam eles. ‘Deus interveio em favor do seu povo’. Essas notícias sobre Jesus espalharam-se por toda a Judéia e regiões circunvizinhas” (Lucas 7: 16, 17).