“As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Deuteronômio 29: 29).
Nós, seres humanos, fomos dotados pelo Pai de uma mente inédita entre todas as criaturas. Uma inteligência que traz consigo a curiosidade, a inventividade e a capacidade de criação incomparáveis em relação às outras espécies. Na verdade, estas são algumas das evidências de que carregamos a imagem de Deus: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1: 27).
E Deus é tão bom que nos deu também a capacidade de perceber os limites desse mesmo intelecto pulsante: “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou” (Romanos 1: 19).
Porém, tal mente privilegiada por vezes se mostra ansiosa demais, outras vezes arrogante demais. Temos a vontade de explicar tudo e a pretensão de sermos capazes de decifrar qualquer coisa. Porém, na verdade, não somos tão qualificados assim.
Existem coisas que nós podemos até intuir, palpitar, especular, porém, jamais seremos capazes de compreender a fundo cada uma de suas peças e engrenagens. Existem aspectos da realidade que nós simplesmente jamais conseguiremos alcançar conceituação plena por uma razão muito simples: nossas mentes têm limites!
Estamos limitados, por exemplo, pelo tempo e pelo espaço, pela tridimensionalidade, pela noção de sequência, e os nossos sentidos são capazes de perceber apenas uma pequena parcela do todo que compõe o cosmos.
Mesmo sendo perceptível não possuir todas as ferramentas para dar conta de explicar todas as obras de Deus, a humanidade tomou a decisão de fazê-lo, então dizendo-se sabia, apenas demonstra tolice: “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos” (Romanos 1: 22).
A tolice de colocar todas as coisas reféns dos limites de sua capacidade racional, tolice de condicionar tudo ao “natural”, de enxergar em função da substância material. Presunçosa, tece centenas de hipóteses dissonantes para um mesmo problema e ao mesmo tempo exclui algumas destas por não corresponderem ao paradigma científico dominante, mesmo sendo sabido que a ciência deveria considerar todas as hipóteses antes de descartar qualquer que seja, mesmo sendo sabido que os paradigmas sempre são derrubados em algum momento no curso da história.
“Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu” (Romanos 1: 21).
Atualmente a humanidade decidiu pensar desconsiderando a única variável capaz de apontar o caminho da verdade: DEUS!
“Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis” (Romanos 1: 20).
E sem Deus, a mente humana se obscureceu mais do que em qualquer outra época, tornando-se mais autodestrutiva do que em qualquer outra época: “Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si” (Romanos 1: 24).
Vivemos tempos de acerto de contas e agora pagamos o preço por nossa arrogância enquanto espécie!