Você está familiarizado com a palavra abnegação? Por acaso ela faz parte de seu vocabulário habitual? Ou pelo menos sabe o que significa?
Pode ser interpretada como um desprendimento em favor do semelhante, a renúncia ao bem para si a fim de promover algo genuinamente maior. Na dimensão ética, significa renunciar aos desejos pessoais, à própria vontade ou até à disposições naturais em nome de imperativos mais sublimes.
Pois esta é justamente a orientação de Jesus Cristo: “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lucas 9: 23).
É um dado da realidade que as palavras mais significativas da bondade e da retidão de caráter estão caindo progressivamente em desuso, como é o caso de “longanimidade” ou de “honra”. Este também é o caso da palavra “abnegação”.
Provavelmente esse fato constitui um sintoma de que não apenas as palavras, mas sobretudo os seus significados têm se tornado estranhamente distantes do cotidiano. Quer dizer, como as pessoas veem cada vez menos longanimidade, honra e abnegação, elas passam a não saber mais o que são essas coisas e acabam se tornando cada vez menos longânimas, honradas ou abnegadas.
“Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se também destes” (2 Timóteo 3: 1-5).
Uma forma de interpretar a abnegação é como antítese do egoísmo, pois se trata de um desapego profundo, quase um desinteresse em buscar algo para si mesmo, ao mesmo tempo que expressa o desejo irresistível de fazer o bem para os outros.
Pois Jesus foi o maior exemplo de abnegação em todos os tempos:
“E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos e principais sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que depois de três dias ressuscitaria” (Marcos 8: 31).
Ele é nosso exemplo e modelo:
“Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus” (Efésios 5: 1,2).