A lição sobre o bem de Romanos 12

O versículo final do capítulo 12 da Epístola aos Romanos diz o seguinte: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.

Esse capítulo nos ensina muito sobre o amor para com Deus, com nós mesmos, com os irmãos e até para com os inimigos, e o texto termina com esta sublime mensagem: resistam ao mal e subjuguem-no com o bem! Que maravilhoso!!!

Já parou para pensar como o mal se propaga? Em certas ocasiões ele opera como uma corrente. Algo de ruim acontece com um sujeito A, este “desconta” tratando mal o sujeito B, que destrata o C e assim segue adiante. Outras vezes o mal parece como uma helicoidal, se move em ciclos ascendentes, girando e aumentando em gravidade e furor, um mal leva a outro pior, que leva a outro pior ainda e assim sucessivamente. O mal também atua em ciclos, hoje alguém te faz mal e você retruca ou transfere a afronta a outro alguém, esse mal segue atingindo outras pessoas até que, finalmente, ele retorna e te aflige um novo golpe. O mal se alastra como fogo, começa como uma fagulha que pisca no coração e, se encontrar material inflamável ali, logo se torna uma fogueira e incendeia todo o ser.

Nada disso coaduna com a conduta cristã: “Abstende-vos de toda a aparência do mal” (1 Tessalonicenses 5: 22).

A Bíblia está nos ensinando como vencer o mal, como paralisá-lo, como contê-lo, como impedi-lo, ele e os seus efeitos. Simplesmente, não dê vazão em nenhuma hipótese e faça o bem em todas as ocasiões: “Afaste-se do mal e faça o bem; busque a paz com perseverança” (Salmos 34: 14).

Se ele te aparece como corrente, não importa o que te fizerem, não se aborreça, confie em Deus, não retruque nem passe o que recebeu adiante. Responda com misericórdia, lembrando que você também recebeu a misericórdia de Deus: “Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus. Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso” (Lucas 6: 35, 36).

Se o mal aparece como um pensamento, uma emoção, uma sensação ruim, repreenda-o imediatamente, mude a “frequência” do seu pensamento e siga adiante sem lhe dar qualquer material que possa inflamar: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tiago 4: 17).

Para seguir firme no propósito de não participar das “dinâmicas” do mal, nutra três convicções em seu coração. A primeira é que Deus tratará de retribuir quem comete o mal, da Sua maneira e ao Seu tempo: “A face do SENHOR está contra os que fazem o mal, para desarraigar da terra a memória deles” (Salmos 34: 16).

Segunda, saiba que quando responde ao mal com o bem, você está agradando a Deus e o seu ato não deixará de ser recompensado: “E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido” (Gálatas 6: 9).

E, enfim, a terceira, pense que a sua bondade pode inspirar e causar mais bondade. Imagine que você retribua com o bem o mal que sofreu, qual será o impacto disso em seu algoz? Sua bondade pode ser um ato de Deus, Ele pode estar te usando para envergonhar os tolos e trazê-lo das trevas à luz: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus (Mateus 5: 16).

Acima de tudo, sejamos bons por gratidão, pois antes de você ou de mim, Deus é bom para com todos, todo o tempo e de todas as maneiras: “Pois o Senhor é bom e o seu amor leal é eterno; a sua fidelidade permanece por todas as gerações” (Salmos 100: 5).




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