Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora, na manhã desta sexta-feira, 11, a Prefeita Margarida Salomão visitou a rua Vitorino Braga. Em conversa com moradores da região, foram anunciadas as medidas emergenciais que serão implementadas para reduzir os riscos na encosta localizada entre a Rua Rosa Sffeir e a Rua Vitorino Braga, que passou por um escorregamento de talude no dia 11 de janeiro.
A medida mais urgente é a de viabilizar a demolição de três imóveis que estão com risco iminente de colapsar e ficam localizados no alto da encosta na Rua Rosa Sffeir. Margarida ressalta que a questão será tratada com exclusividade. “Suspendi todos os compromissos que tinha na parte da tarde para me debruçar na solução desse problema. Nós temos uma situação em que é preciso realizar a demolição de dois prédios e de uma casa. No primeiro momento, quem deve fazer a demolição é o proprietário. Mas, como as pessoas não têm condições financeiras para realizar a obra, a Prefeitura está contratando uma empresa para que o processo seja realizado já na semana que vem. Precisamos preservar a segurança das pessoas”, afirma. A prefeita destaca, ainda, que, após a demolição, será instalada uma lona impermeável na encosta para impedir que a água encharque o solo e agrave as condições de instabilidade. Também estão sendo realizados estudos técnicos para verificar a necessidade de interdição do trânsito na Rua Vitorino Braga.
Com as chuvas dos últimos dias, a água que atingiu o solo solto proveniente do último escorregamento na encosta gerou lama no local e o material ficou depositado no fundo de imóveis localizados na rua Vitorino Braga. A rua também foi atingida pela lama. Equipes do Demlurb realizaram lavação e raspagem de lama na via e, nesta sexta-feira, 11, promoverão a limpeza dentro dos imóveis. “Nesse momento, estamos tomando providências que vão ser adotadas com ritmo muito veloz porque trata-se de uma situação de emergência. A limpeza será feita não só na rua como também nas casas porque o barro que desceu está tencionando as paredes e as pessoas estão com medo da instabilidade de sua própria casa”, explica a prefeita.
Monitoramento da Defesa Civil
Desde o escorregamento de solo em janeiro, o local está sendo monitorado diariamente pela Defesa Civil para avaliar a evolução do risco. De forma preventiva, os imóveis localizados no alto da encosta, na rua Rosa Sffeir, e as casas que ficam embaixo do talude, na rua Vitorino Braga, foram interditados. O subsecretário de Proteção e Defesa Civil, Luís Fernando Martins, ressalta que a área é classificada como R4, ou seja, de risco muito alto. “O talude que escorregou possui aproximadamente sessenta metros de altura e muitos sinais de instabilidade. Notamos, por exemplo, deformações, trincas, acúmulo de entulho e direcionamento incorreto das águas pluviais. Desde o primeiro escorregamento, a área passa por constantes vistorias de reavaliação por parte da Defesa Civil e foi possível verificar a evolução das instabilidades presente no talude, assim como das manifestações patológicas presentes nas edificações localizadas no alto da encosta”, afirma.
Para mitigar o risco e evitar prejuízo estrutural das casas próximas, os proprietários dos três imóveis situados no alto do talude na Rua Rosa Sffeir foram notificados para realizar consolidação ou demolição das edificações de maneira emergencial. Diante do risco iminente de colapso das edificações, os proprietários declararam não terem recurso para realizar a demolição e solicitaram apoio da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), que vai contratar uma empresa para que o processo de demolição aconteça na próxima semana.
Luís Fernando Martins ressalta que, após a demolição, será possível realizar a instalação de lona para mitigar o risco. “Não podemos colocar a lona nas condições atuais porque não há local para fixação e ancoragem do material. Com a demolição dos imóveis, será realizada capina na encosta e os profissionais terão segurança para instalar a lona”, explica.
No primeiro momento, a medida preventiva mais importante para garantir a segurança das pessoas foi a interdição dos imóveis que estavam em risco. “Todas as famílias afetadas foram atendidas pela equipe de Serviço Social da Defesa Civil e assinaram documento confirmando que tinham local para ficar de forma temporária. Nenhuma pessoa está desabrigada. Aquelas que atendiam aos critérios foram encaminhadas para o auxílio-moradia”, afirma o subsecretário.