União e Estado reconhecem situação de emergência em JF por causa das chuvas de dezembro

Minas Gerais sofreu com fortes chuvas no final de dezembro e, em Juiz de Fora, foram afetadas principalmente as regiões Sul e Norte. Em função disso, no final de 2021, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, assinou decreto estabelecendo estado de emergência em cerca de 50 municípios, incluindo Juiz de Fora.

Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora, com o reconhecimento do decreto pelos governos estadual e federal nesta semana, o município passa a ter a possibilidade de adquirir mais recursos e ajuda humanitária para reagir na recuperação das áreas afetadas. Em Juiz de Fora, os bairros mais atingidos com as chuvas de dezembro foram Santa Luzia e Igrejinha, onde a água atingiu casas após transbordamento de córregos. Nos dois locais, equipes da PJF se mobilizaram em ações emergenciais para reduzir os danos.

O subsecretário de Proteção e Defesa Civil, Luís Fernando Martins, enfatiza que o decreto vai auxiliar nas ações de apoio às famílias. “O estado de emergência agiliza ações como contratação temporária de servidores, contratação de máquinas e serviços e envio de itens de ajuda humanitária por parte do estado”, conta.

O subsecretário ressalta, ainda, a rapidez de Juiz de Fora nas ações de resposta. “A nossa equipe está conseguindo atender as ocorrências prontamente e todos os setores da Prefeitura agem com rapidez para minimizar os danos com ações de mitigação de risco, serviços de limpeza e doação de cestas básicas, colchões e outros itens”, pontua.

Luís Fernando Martins destaca o impacto das ações preventivas. “Certamente todo o trabalho de prevenção que tivemos durante o período de estiagem foi fundamental para reduzir riscos e evitar desastres mais graves no município. Felizmente não temos nenhuma pessoa em Juiz de Fora desabrigada em função das chuvas”, afirma o subsecretário.
Novo decreto de emergência em janeiro
Já foram registradas 529 ocorrências na Defesa Civil no mês de janeiro. Só nos últimos dez dias, foram 469 chamados abertos pelo órgão. Destes, 225 foram de deslizamento de solo e mais 60 foram de ameaça de deslizamento.  O volume de chuva no mês já atingiu 347,8mm, superando a marca histórica de janeiro. Apenas em uma semana – do dia 7 ao dia 11 de janeiro – choveu 62% do esperado para todo o mês. As regiões mais afetadas foram a Leste e a Norte, que registraram, respectivamente, 169 e 107 ocorrências desde o dia 7.

Na semana passada, o Rio Paraibuna viveu uma das maiores cheias das últimas décadas e transbordou na altura do Bairro Industrial, o que ocasionou inundação em diversas ruas da região. A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) decretou estado de emergência na terça-feira, 11, e vai pleitear recursos estaduais e federais para responder às consequências do desastre natural. Todas as ocorrências recebidas em função da chuva foram atendidas pela equipe de engenharia da Defesa Civil e as famílias afetadas foram atendidas pelo Serviço Social da Defesa Civil, que realizou acolhimento e encaminhamento. Nenhuma pessoa está desabrigada em Juiz de Fora por conta das chuvas. 

O trabalho de prevenção durante todo o período de estiagem –  realizado pela PJF sob coordenação da Secretaria de Governo através do Gabinete de Ação e Diálogo Comunitário e da Defesa Civil – foi fundamental para reduzir os danos do desastre. O alagamento nos bairros Democrata e Mariano Procópio, afetados pelo Córrego São Pedro, por exemplo, foi significativamente menor, em função das ações realizadas pela PJF para reter o fluxo do Córrego São Pedro. Já as intervenções de limpeza de bocas de lobo, a limpeza mecanizada e o desassoreamento dos córregos da cidade foram essenciais para postergar o transbordamento do Rio Paraibuna.
Orientações
A população deve ficar atenta para indícios de ameaça de deslizamentos, como trincas e fissuras nas moradias, e trincas e movimentação de solo nos terrenos. Quem estiver em local seguro, deve permanecer até o fim da chuva intensa. Além disso, a Defesa Civil pede que as pessoas evitem transitar em áreas alagadas e próximas a córregos, canais e rios. Em caso de emergência, a população deve acionar o órgão pelo 199. Se solicitado e houver condição, o contribuinte deve enviar fotos e vídeos conforme orientação das atendentes. As imagens tem como objetivo permitir que a equipe de engenharia realize uma primeira avaliação e faça o processo de triagem para definir a ordem de atendimentos a partir do grau de risco de cada situação.




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