A prefeita Margarida Salomão, junto com a secretária de Governo, Cidinha Louzada; o secretário de Obras, Lincoln Lima; o diretor-presidente da Cesama, Júlio Teixeira; e o subsecretário da Defesa Civil, Luiz Fernando Martins, estiveram nesta terça-feira, 11, em diversas regiões da cidade, vistoriando as áreas mais afetadas pelas chuvas em Juiz de Fora. Nos meses de chuva, em média, a Defesa Civil registrou seis ocorrências por dia. Da manhã desta segunda-feira, 10, até às 9h10 desta terça-feira, 11, foram 174 registros, sendo 76 na zona Leste, 74 na zona Norte e 24 na zona Sul. A equipe da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) esteve nos bairros Industrial, Democrata, Linhares e Três Moinhos.
Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora, as chuvas contínuas exigiram medidas como o fechamento de vias e a atenção da população. A prefeita Margarida Salomão pede que a população redobre os cuidados e, em caso de emergência, acione a Defesa Civil pelo 199. “Vamos fazer todo o possível para que as pessoas que estão sofrendo tenham alguma resposta imediata. Nós temos que esperar que a chuva nos dê uma trégua, para fazermos algum tipo de mitigação desse problema tão grave”, afirmou a chefe do executivo municipal.
Nos últimos quatro dias, choveu em Juiz de Fora mais da metade do esperado para o mês. O nível do Rio Paraibuna subiu 63 centímetros em quatro horas, atingindo 3,98m, quando o nível normal é de 1,40m. Esta é a segunda maior cheia do Paraibuna nos últimos 20 anos. As equipes da Defesa Civil estão nas ruas para atender todas as ocorrências e verificar as condições das casas afetadas.
Esse é um reflexo das mudanças climáticas que afetam o mundo inteiro e que já vinham causando estragos nos últimos dias na Bahia, no Espírito Santo e em outras cidades de Minas Gerais. A impermeabilização e a ocupação desorganizada do solo também contribuem para os impactos da chuva na cidade. No período de estiagem, foi realizado um amplo trabalho de prevenção pela PJF, sob coordenação da Secretaria de Governo através do Gabinete de Ação e Diálogo Comunitário e da Defesa Civil. Devido às intervenções de limpeza de bocas de lobo e nos córregos da cidade, o alagamento nos bairros Democrata e Mariano Procópio, afetados pelo Córrego São Pedro, por exemplo, foi significativamente menor, em função das ações prévias que foram realizadas. Quanto à Represa de São Pedro, este ano, para auxiliar e tentar controlar as enchentes dos Bairros Democrata e Mariano Procópio, a Cesama diminuiu o seu nível ao máximo, que voltou a subir agora com as chuvas. A Cesama manteve a Barragem de São Pedro cerca de 30 centímetros abaixo do seu nível máximo, já esperando a chuva.
Orientações
A Defesa Civil pede que a população fique atenta para indícios de ameaça de deslizamentos, como trincas e fissuras nas moradias, e trincas e movimentação de solo nos terrenos. Além disso, o órgão pede que as pessoas evitem transitar em áreas alagadas e próximas a córregos, canais e rios. Quem estiver em local seguro, deve permanecer até o fim da chuva intensa. Em caso de emergência, disque 199. A central de atendimento da Defesa Civil funciona 24 horas por dia.